Eficácia contra a malária
16 de dezembro de 2002Em uma pesquisa realizada com 27 pacientes no Gabão, no sudoeste da África, uma equipe de cientistas alemães liderada pelo professor Peter Kremsner, do Insituto de Medicina Tropical de Tübingen, detectou a eficácia do antibiótico fosmidomicina em seres humanos contaminados pela malária.
Divididos em três grupos, os pacientes receberam o medicamento durante três, quatro e cinco dias. Duas semanas após receberem o antibiótico, o índice de eficácia registrado nos pacientes foi de 90%.
Eliminação de enzima –
A fosmidomicina, utilizada até então apenas como pesticida, foi pesquisada nos anos 70 por grupos farmacêuticos japoneses. Segundo Hassan Jomaa, do Insituto de Bioquímica da Universidade de Giessen, na Alemanha, o antibiótico ataca exatamente uma enzima, necessária à sobrevivência do agente causador da malária, o Plasmodium Falciparum.Cientistas esperam que o medicamento possa ser comercializado no mais tardar em três anos. Com o objetivo de reduzir a duração da terapia e a freqüência das doses, Kremsner e Jomaa desenvolvem um novo preparado, que combina a fosmidomicina com outros medicamentos anti-parasitários.
Resitência –
A malária, transmitida aos humanos através da picada do mosquito Anopheles, é encontrada na África, América Latina (inclusive na Amazônia) e Ásia. Não sendo uma doença restrita às zonas tropicais, a malária vem se expandindo, devido à resistência adquirida pelos tratamentos hoje existentes.A malária causa anualmente a morte de cerca de três milhões de pessoas em todo o mundo. Na África, o parasita é responsável por 25% das mortes de crianças, antes mesmo da aids, diarréias e doenças respiratórias.