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Eleições movimentam América Latina

25 de outubro de 2015

Haitianos e guatemaltecos vão as urnas eleger presidente. Colombianos escolhem governadores e prefeitos na primeira eleição desde o início das negociações de paz há três anos. Votações ocorrem sem incidentes.

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Haitianos votam para presidenteFoto: picture-alliance/AP Photo/O. Barria

O Haiti, a Guatemala e a Colômbia foram às urnas neste domingo (25/10). Haitianos e guatemaltecas votaram para presidente, enquanto colombianos foram eleger governadores e prefeitos que terão um papel fundamental na implementação de um acordo de paz entre governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

Essa foi a primeira eleição regional na Colômbia desde que o governo do presidente Juan Manuel Santos iniciou as negociações de paz com as Farc há três anos. Não foram registrados incidentes.

"As autoridades locais e regionais que nós iremos eleger terão uma responsabilidade enorme. Se nós conseguirmos pôr fim ao conflito armado nos próximos meses, elas serão responsáveis por colocar em prática as medidas que nos permitirão uma transição bem sucedida para a paz", afirmou Santos.

Os colombianos elegerão neste domingo 32 governadores e mais de 1,1 mil prefeitos, além de deputados regionais e vereadores. Cerca de 34 milhões de pessoas têm direito a voto no país, porém, a expectativa é que apenas metade dos eleitores participe da eleição.

54 candidatos à Presidência

Mais de 5 milhões de eleitores no Haiti foram às urnas neste domingo para eleger o novo presidente do país, além de parlamentares. Em janeiro, o Parlamento foi dissolvido pelo atual presidente Michel Martelly, que governa, desde então, por decretos. Martelly passará o cargo para o candidato eleito no início de 2016.

Não há favoritos entre os 54 candidatos à Presidência. A estimativa é que a decisão vá para segundo turno que ocorrerá no dia 27 de dezembro.

Guatemala Jimmy Morales
Jimmy Morales é favorito para presidente na GuatemalaFoto: picture-alliance/dpa/E. Biba

A votação ocorreu sem incidentes. A comunidade internacional, no entanto, se preocupa com a baixa participação eleitoral. Na última eleição apenas 18% dos eleitores foram às urnas.

O Haiti é um dos países mais pobres da América. Depois de anos de miséria, grande da população perdeu a confiança na elite política corrupta.

Comediante favorito

Os guatemaltecos foram às urnas para o segundo turno da eleição presidencial, disputado entre o diretor de cinema, ator e comediante Jimmy Morales e a ex-primeira dama Sandra Torres.

Pesquisas de boca de urnas apontaram Morales com o favorito, com 68% dos votos contra os 32% da candidata Torres. O comediante prometeu continuar a luta contra a corrupção e foi votar vestindo uma camisa da seleção nacional de futebol.

"A Guatemala ensinou o mundo um lição neste momento histórico. Nós temos que manter esse compromisso", afirmou o candidato.

Morales, de 46 anos, que era praticamente um desconhecido, conseguiu capitalizar a frustração popular com os políticos tradicionais em meio a uma onda de escândalos de corrupção, que levaram à queda do presidente Otto Pérez Molina, no início de setembro, e instalaram a pior crise política do país em décadas.

Já Torres, de 59 anos, foi esposa do ex-presidente Álvaro Colom, que governou o país entre 2008 e 2012. Em 2011, ela pediu o divórcio. A Constituição guatemalteca proíbe a candidatura de parentes de governantes à Presidência. A separação de Torres é vista como um movimento político.

CN/afp/rtr/efe/dpa/ap