Em mensagem de Natal, Papa pede paz na Síria e África
25 de dezembro de 2013O papa Francisco pediu paz nas regiões de conflito, principalmente no Oriente Médio, Sudão do Sul e na África Central, em sua tradicional mensagem de Natal realizada nesta quarta-feira (25/12), na Praça de São Pedro, no Vaticano, onde se reuniram dezenas de milhares de participantes.
Em seu primeiro discurso no dia do Natal como pontífice da Igreja Católica, Jorge Mario Bergoglio, de 77 anos, insistiu na necessidade de diálogo e solidariedade, criticando o sofrimento de milhões de pessoas causado por violência, expulsões e exploração. Ele condenou também o uso de crianças-soldados e o tráfico de seres humanos.
"Muitas vidas foram destruídas nos últimos tempos no conflito da Síria, gerando ódio e vingança. Continuemos rezando ao Senhor para que o amado povo sírio se veja livre de mais sofrimentos e as partes em conflito ponham fim à violência e garantam acesso à ajuda humanitária", disse o pontífice.
Francisco convocou os milhares de fiéis reunidos na Praça de São Pedro para rezar também pela paz da República Centro-Africana e no Sudão do Sul, que também sofrem com conflitos armados e a morte de homens, mulheres e crianças. Logo depois, pronunciou para todos a tradicional bênção "Urbi et Orbi" ("À cidade e ao mundo").
10 mil reunidos na Missa do Galo
O prelado argentino também celebrou sua primeira Missa do Galo como sumo pontífice da Igreja Católica, na noite desta terça-feira na Basílica de São Pedro, no Vaticano, para cerca de 10 mil pessoas. "Jesus é a luz que dissipa as trevas", foi a mensagem lançada por Francisco, que ainda realizou uma homilia breve, cujo único tema foi a chegada de Jesus ao mundo.
Francisco começou dizendo que "somos um povo em caminho, e a nosso redor – e também dentro de nós – há trevas e luzes, mas na noite de hoje, quando o espírito das trevas cobre o mundo, renova-se o acontecimento que sempre nos assombra e surpreende: o povo vê uma grande luz".
Ele dissertou sobre as palavras "caminhar" e "ver", ao afirmar que "a identidade dos crentes católicos é ser peregrinos rumo à terra prometida". E acrescentou que "se alternam momentos de luz e de treva, de fidelidade e de infidelidade, de obediência e de rebelião, momentos de povo peregrino e de povo errante".
O papa encerrou a homilia pedindo aos católicos que "não temam", pois "nosso Pai tem paciência conosco, nos ama, nos dá Jesus como guia no caminho à terra prometida. Ele é a luz que dissipa as trevas. Ele é nossa paz".
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