Rio 2016
1 de outubro de 2009Deutsche Welle: Qual a importância de uma eventual escolha como sede dos Jogos Olímpicos para o Rio de Janeiro?
Eduardo Paes: Eu não tenho dúvida de que o Rio tem muito a ganhar com o movimento olímpico. É uma cidade que pode se transformar com a vinda das Olimpíadas, pela inspiração que o movimento olímpico traz, pelas transformações de infraestrutura e pelo valor não mensurável da expansão da cidade durante tantos anos ao se realizar as Olimpíadas.
E também não tenho dúvida de que a cidade do Rio também tem muito a trazer para o movimento olímpico. Uma cidade como o Rio, num país como o Brasil, num continente como o sul-americano. Sem dúvida alguma, o movimento olímpico tem muito a ganhar com as Olimpíadas realizadas no Rio de Janeiro.
Qual é o ponto forte do Rio em relação às demais candidatas?
Eu acho que são quatro grandes cidades. Mas não tenho dúvida de que no Rio existe um calor, uma paixão, uma vibração que de fato é incomparável. E o fato de o movimento olímpico estar se abrindo para outros continentes, esse é um ponto forte. O movimento olímpico tem ficado preso aos chamados países já desenvolvidos, os países ricos. Mas se trata de um movimento mundial, um movimento global, que por isso precisa se abrir para todos os continentes.
O senhor acha que o problema ambiental pode influenciar na escolha do Rio de Janeiro?
Eu acho que o problema ambiental pode atrapalhar os Estados Unidos, o Japão e a Espanha. Jamais o Brasil, que é o país que mais protege o meio ambiente.
E qual será o montante de investimentos que o Rio de janeiro promete agora para os Jogos Olímpicos?
O montante total, considerando investimentos que já estão sendo feitos, chega a 20 bilhões de dólares. Mas o orçamento dos Jogos propriamente dito é de cerca de 10 bilhões.
E o senhor poderia nos adiantar onde será o parque olímpico?
Já está na proposta da candidatura, será onde hoje está situado o Autódromo do Rio de Janeiro.
Entrevista: Carlos Albuquerque
Revisão: Rodrigo Rimon