Espanha lembra vítimas de atentados na Catalunha
17 de agosto de 2018Barcelona homenageou nesta sexta-feira (17/08) as vítimas dos atentados de 17 de agosto de 2017 com um ato institucional na praça da Catalunha, em Barcelona, que contou com a presença dos reis da Espanha, Felipe 6° e Letícia, e de várias autoridades. O ato durou cerca de uma hora, não teve discursos políticos e foi marcado pelo silêncio respeitoso, quebrado somente por música e poesia.
Além do casal real, a celebração teve a presença de várias das vítimas na primeira fila, do primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, da prefeita de Barcelona, Ada Colau, e do presidente do governo regional (Generalitat), Quim Torra.
Crianças vestidas de branco depositaram flores em frente a um mural de Joan Miró no final da área de pedestres de Las Ramblas, zona que é um dos principais pontos turísticos da cidade e onde cidadãos de 34 países foram vítimas do ataque. Centenas de pessoas encheram o centro da praça da Catalunha.
"Barcelona, cidade de paz" foi o lema da comemoração, estampado sobre um palco branco.
Embora a prefeita Ada Colau tenha alertado que a cerimônia seria destinada às vítimas e sem matizes políticos, moradores penduraram num prédio um placar dizendo que "o rei não é bem-vindo na Catalunha". A família real espanhola é considerada inimiga por separatistas. Outros mostraram seu apoio, gritando "viva o rei", quando Felipe cumprimentou as vítimas.
"O 17A" é como o atentado terrorista de 17 de agosto de 2017 ficou conhecido na Espanha. Na tarde daquele dia, um terrorista islâmico dirigindo uma van avançou o veículo por cerca de 500 metros contra uma multidão no calçadão de Las Ramblas.
Menos de dez horas depois, um ataque semelhante ocorreu na cidade costeira de Cambrils. Ao todo, 16 pessoas morreram – 15 em Barcelona e uma em Cambrils. Mais de 120 ficaram feridas. Muitas testemunhas ainda sofrem de abalos psicológicos pela experiência. O "Estado Islâmico" reivindicou a responsabilidade pelos ataques, que se acredita terem sido os primeiros da organização na Espanha.
A célula terrorista planejava um atentado ainda maior, mas teve seus planos frustrados com a explosão de uma casa na cidade de Alcanar no dia 16 de agosto. Segundo as autoridades, o grupo estocava no prédio pelo menos 120 botijões de gás para realizar ataques contra vários monumentos na capital catalã. Um dos alvos seria a catedral Sagrada Família. A detonação matou também um imã tido como o mentor do atentado.
MD/dpa/efe
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