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EUA anunciam permanência de contingente militar maior no Afeganistão

6 de dezembro de 2014

Em Cabul, secretário de Defesa demissionário Hagel afirma que 10.800 soldados americanos permanecerão em solo afegão em 2015 – mil a mais que o planejado inicialmente. Obama nomeia Ashton Carter novo chefe do Pentágono.

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Kabul Chuck Hagel bei Aschraf Ghani 06.12.2014
Chuck Hagel com presidente afegão Ashraf GhaniFoto: Reuters/Mark Wilson/Pool

Em sua última visita ao Afeganistão como secretário de Defesa dos EUA, Chuck Hagel anunciou neste sábado (06/12) que Washington pretende deixar um contingente adicional de mil soldados no Afeganistão, para compensar a diminuição das forças da Otan. Assim, a partir de 2015, até 10.800 soldados americanos continuarão estacionados no país.

Oficialmente, a missão da Otan no Afeganistão termina no final deste ano. Com o aumento de tropas anunciado neste sábado, 13 mil soldados, ao todo, permanecerão no país para missões de treinamento. Entre eles, 850 alemães.

Em sua visita de surpresa a Cabul, Hagel informou que o presidente americano, Barack Obama, aprovou a medida, mas precisou que a decisão não altera a missão das tropas no ano que vem – centrada no treinamento das forças afegãs – nem modifica, a longo prazo, o plano das forças americanas para os próximos dois anos.

Ampla experiência

Hagel anunciou sua demissão no final do mês passado. Para o lugar dele no cargo de chefe do Pentágono, na sexta-feira passada Obama nomeou Ashton Carter, de 60 anos.

Durante a cerimônia na Casa Branca em que anunciou o nome de Carter, o presidente destacou a ampla experiência do novo secretário de Defesa. Segundo Obama, Ashton Carter seria "um dos líderes nacionais mais importantes do país na área de segurança."

Na ocasião, Obama disse ainda que o antigo secretário-adjunto de Defesa vai trazer ao novo cargo "a combinação única de perspectiva estratégica e conhecimento técnico."

A luta contra o "Estado Islâmico" no Iraque e na Síria e o fim da missão de combate no Afeganistão lideram a lista de prioridades do tecnocrata e acadêmico, que foi o número dois do Pentágono entre 2011 e 2013 – cargo que deixou por "motivos pessoais".

A confirmação do nome de Carter pelo Senado americano não deverá, em princípio, enfrentar obstáculos, uma vez que importantes políticos republicanos já apontaram que não se opõem à sua nomeação.

CA/dpa/afp/lusa