EUA aprovam acordo de US$ 14,7 bilhões da Volkswagen
26 de outubro de 2016Um juiz federal em São Francisco, nos Estados Unidos, aprovou nesta terça-feira (25/10) um acordo de 14,7 bilhões de dólares proposto pela Volkswagen para tentar resolver o escândalo de manipulação de dados sobre emissões de gases poluentes no qual a fabricante alemã se envolveu.
Para o juiz federal Charles Breyer, que assinou a decisão, o acordo vai compensar os consumidores de forma "justa e adequada", além de tirar os veículos poluentes das ruas o mais rápido possível.
O acordo contempla os donos de cerca de 475 mil carros a diesel de 2 litros. No ano passado, a empresa reconheceu ter equipado esses veículos com um dispositivo que os fazia parecer menos poluentes, permitindo ao Grupo Volkswagen contornar as leis americanas antipoluição.
Segundo a decisão, os proprietários podem escolher entre vender seu automóvel para a montadora, independentemente do estado ou idade do carro, ou submetê-lo a uma correção para que passe a cumprir as leis. Os donos que optarem por devolver seus veículos receberão valores equivalentes ao preço de venda em 18 de setembro de 2015, quando a manipulação se tornou pública.
Independentemente da escolha, os clientes receberão ainda uma indenização entre 5.100 e 10 mil dólares, o que dependerá da idade do carro e se ele foi adquirido antes ou depois de 18 de setembro.
Além dos 10 bilhões de dólares para compensar os donos de veículos – incluindo recompra, reparos e indenizações –, o acordo pede 2,7 bilhões de dólares para mitigar o impacto ambiental e mais 2 bilhões de dólares para serem aplicados na pesquisa de veículos que não emitam poluentes.
Em nota, o presidente da Volkswagen nos EUA, Hinrich J. Woebcken, afirmou que a aprovação do acordo "é um marco importante" e permitirá que a empresa "esclareça o problema causado por ela algum tempo atrás". "A Volkswagen está empenhada em garantir que o acordo seja posto em prática da forma mais perfeita possível para nossos clientes afetados", acrescentou o presidente.
O escândalo tem prejudicado tanto a reputação da montadora alemã como suas vendas. A empresa ainda enfrenta bilhões de dólares em custos envolvendo outros 85 mil veículos a diesel de 3 litros e multas do Departamento de Justiça americano por violar as leis poluentes.
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