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EUA aprovam vacina da Pfizer para jovens a partir de 12 anos

11 de maio de 2021

Imunizante é o primeiro autorizado pelos americanos para essa faixa etária. Escolas querem vacinar estudantes antes da volta às aulas no outono do Hemisfério Norte.

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Seringa com vacina da Pfizer
Vacinação de crianças e adolescentes será importante para chegar à imunização coletivaFoto: Guillermo Legaria/Getty Images

A agência dos Estados Unidos que regula a aprovação de medicamentos e vacinas autorizou nesta segunda-feira (10/05) o uso emergencial em adolescentes do imunizante contra a covid-19 desenvolvido pela alemã BioNTech e produzido em parceria com a americana Pfizer.

A decisão reduz a idade mínima para receber a vacina no país dos atuais 16 anos para 12 anos e foi informada em um comunicado da Administração de Alimentos e Medicamentos americana (FDA na sigla em inglês).

"A expansão da autorização da FDA para uso emergencial da vacina contra a covid-19 da Pfizer-BioNTech para incluir adolescentes de 12 a 15 anos é um passo significativo na luta contra a pandemia de covid-19", disse a diretora da FDA, Janet Woodcock.

"A decisão permitirá que uma população mais jovem seja protegida contra a covid-19, nos aproximando do retorno à sensação de normalidade e do final da pandemia", afirmou.

A vacina da Pfizer-BioNTech é o primeiro imunizante contra a covid-19 autorizado para uso em pessoas abaixo de 16 anos nos Estados Unidos.

FDA assegura pais

O comunicado da FDA diz que cerca de 1,5 milhão de casos de covid-19 foram registrados entre pessoas de 11 a 17 anos de março de 2020 a abril de 2021. A agência acrescentou que, em geral, crianças e adolescentes enfrentam sintomas menos intensos da doença.

Peter Marks, diretor do centro de avaliação biológica e pesquisa da FDA, garantiu que os dados sobre a eficácia da vacina cumprem "requisitos rigorosos para sustentar o uso emergencial dessa vacina na população adolescente com 12 anos ou mais".

"Pais e tutores podem estar seguros que a agência realizou uma revisão extensa e rigorosa de todos os dados disponíveis, assim como fizemos com todas as autorizações emergenciais para vacinas contra a covid-19", disse Woodcock.

Estudos com crianças

O Canadá se tornou no início de maio o primeiro país a autorizar o uso da vacina da Pfizer-BioNTech para pessoas com 12 anos ou mais.

Escolas nos Estados Unidos esperam vacinar o maior número possível de estudantes do ensino fundamental e médio antes de eles voltarem às aulas no outono do Hemisfério Norte.

Tanto a Pfizer-Biontech como a Moderna já iniciaram testes para verificar a eficácia da vacina em crianças de 6 meses a 11 anos de idade. No Reino Unido, a AstraZeneca está estudando o efeito de sua vacina em jovens de 6 a 17 anos.

Especialistas têm dito que as crianças terão que ser vacinadas para alcançar um índice de 70% a 85% da população imunizada, necessário para garantir a imunização coletiva – ponto a partir do qual o número de pessoas imunizadas faz com que o vírus pare de circular.

Eficácia em adultos

No Brasil, a vacina da Pfizer foi a primeira a receber o registro definitivo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No entanto, começou a ser aplicada no país em adultos com mais de 18 anos apenas na semana passada.

Segundo um estudo da Pfizer e da Biontech divulgado no início de abril, a vacina contra a covid-19 permanece 91,3% eficaz em evitar o contágio pelo coronavírus por pelo menos seis meses após a aplicação da segunda dose.

De acordo com as empresas, o imunizante mostrou 100% de eficácia na prevenção de casos graves até seis meses após a administração da segunda dose, conforme critérios do Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês).

A eficiência da vacina da Pfizer foi comprovada também no "mundo real", ou seja, numa campanha de vacinação em andamento. No Reino Unido, um estudo com amostras de 1,6 milhão de vacinados mostrou que o imunizante tem em média eficácia superior a 90% em evitar infecções sintomáticas. 

A vacina contra a covid-19 da Pfizer-Biontech, além disso, funciona contra a variante brasileira do coronavírus, segundo um estudo feito em laboratório e publicado em março na revista científica  New England Journal of Medicine.

bl (DW, ots)