EUA concordam em rever tratado de mísseis de Seul
2 de setembro de 2017Os EUA e a Coreia do Sul concordaram em rever um tratado bilateral de 43 anos que limita o número e alcance dos mísseis balísticos de Seul, afirmou neste sábado (02/09) o gabinete do presidente sul-coreano Moon Jae-in.
"Os dois líderes concordaram com a revisão da diretriz de mísseis para um nível desejado pela Coreia do Sul, partilhando da opinião de que era necessário fortalecer as capacidades de defesa de Seul em resposta às provocações e ameaças da Coreia do Norte", diz o texto.
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A nota afirma, ainda, que é importante aplicar sanções e pressão máximas sobre a Coreia do Norte, e que a intenção é fazer com que o país vizinho pare com as provocações e sente à mesa de negociações para tratar do seu programa nuclear.
A Coreia do Sul, que serve de base para 28.500 soldados americanos, foi proibida de construir suas próprias armas nucleares após fechar um acordo de energia atômica, em 1974, com Washington. O tratado foi revisado em 2012.
Segundo o acordo, Seul não poderia desenvolver mísseis com alcance de 800 km e peso de carga de 500 kg. Por sua vez, Washington oferece um "guarda-chuva nuclear" – garantia de um Estado com armas nucleares de defender um país não nuclear aliado – contra possíveis ataques.
As forças dos EUA e da Coreia do Sul estão chegando ao final de exercícios militares conjuntos chamados Ulchi Freedom Guardian, de duração de 10 dias, algo que é visto como provocação por Pyongyang. Os exercícios buscam ensaiar respostas a uma hipotética invasão da Coreia do Sul por parte da Coreia do Norte.
Trump e Moon, que conversaram por telefone nesta sexta-feira, também discutiram o "comportamento desestabilizador e contínuo" da Coreia do Norte, afirmou a Casa Branca em nota.
O presidente americano, que advertiu que o Exército dos EUA está "protegido e abastecido" no caso de uma nova provocação norte-coreana, reagiu com raiva ao mais recente teste de mísseis de Pyongyang.
Na terça-feira, a Coreia do Norte lançou um míssil Hwasong-12, de capacidade nuclear e alcance intermediário, que sobrevoou o território do Japão. Pyongyang desenvolve um míssil nuclear de ponta capaz de atingir os EUA e ameaçou recentemente lançar mísseis contra bases militares americanas na ilha de Guam, no Pacífico Ocidental.
FC/afp/rtr/dpa