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EUA criticam retaliação comercial da China

3 de abril de 2018

Porta-voz da Casa Branca diz que tarifas chinesas miram produtos americanos comercializados "de maneira justa". Pequim reagiu a sobretaxas dos Estados Unidos sobre importações de aço e alumínio. 

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Produtos americanos em um supermercado chinês
Produtos americanos em um supermercado chinês: frutas, frutas secas e vinhos dos EUA estão entre alvos de PequimFoto: picture alliance/AP Photo/Andy Wong

A Casa Branca acusou a China nesta segunda-feira (02/04) de distorcer os mercados globais após Pequim impor novas tarifas comerciais a 128 produtos americanos em resposta às sobretaxas dos EUA sobre as importações de aço e alumínio.

A iniciativa de Pequim reforçou a perspectiva de uma guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.

"O subsídio e o contínuo excesso de capacidade da China são a raiz da crise do aço", disse a porta-voz da Casa Branca, Lindsay Walters. "Em vez de ter como alvo exportações americanas comercializadas de maneira justa, a China precisa parar com suas práticas comerciais injustas, que estão prejudicando a segurança nacional dos EUA e distorcendo os mercados globais."

Um conjunto de 128 produtos americanos, entre eles frutas, frutas secas e vinho, terão tarifa de 15%, enquanto produtos suínos e afins terão tarifa de 25%, segundo anúncio do Ministério do Comércio chinês divulgado na segunda-feira.

A medida foi uma resposta às tarifas americanas de 25% sobre as importações de aço e de 15% sobre as de alumínio procedentes da China. As medidas foram impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no mês passado.

Inicialmente, o plano do presidente era impor tarifas sobre a importação de aço de outros países, como o Brasil e os membros da União Europeia, mas no final só a China e alguns poucos países foram atingidos pela medida.

Trump ainda anunciou planos de elevar as tarifas sobre produtos chineses importados no valor de cerca de 50 bilhões de dólares (165 bilhões de reais).

A resposta chinesa desta segunda-feira pode afetar produtores rurais americanos, muitos dos quais atuam em regiões que votaram em Trump em 2016.

JPS/rtr/dpa

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