EUA e Ucrânia assinam acordo de segurança de 10 anos
13 de junho de 2024Os presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, e da Ucrânia, Volodimir Zelenski, assinaram na quinta-feira (13/06), à margem da cúpula do G7, um acordo de segurança bilateral de 10 anos que visa enviar um sinal de forte apoio à Ucrânia, embora possa ser desfeito por futuros líderes dos EUA.
Os dois líderes assinaram o acordo em frente à mídia em um púlpito azul com as bandeiras dos EUA e da Ucrânia e, ao final, apertaram as mãos. Embora o acordo busque comprometer o próximo governo dos EUA, seu futuro não está garantido no caso de uma vitória do ex-presidente republicano Donald Trump nas eleições de novembro deste ano.
O texto do pacto, semelhante ao assinado pelos EUA com Israel, compromete os EUA a realizar consultas de alto nível com Kiev dentro de 24 horas se a Ucrânia for atacada novamente no futuro para "determinar os próximos passos e as necessidades adicionais de defesa". Ele também estabelece as bases para uma eventual adesão da Ucrânia à Otan.
"Dia histórico"
"Para garantir a segurança da Ucrânia, ambos os lados reconhecem as necessidades ucranianas de uma força militar significativa, capacidades robustas e investimentos em sua indústria de defesa que sejam consistentes com os padrões da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan)", diz o documento assinado pelos líderes.
"Os Estados Unidos estão enviando hoje um poderoso sinal de nosso forte apoio à Ucrânia, agora e no futuro", disse um comunicado do governo americano. O acordo também compromete Washington a treinar os militares ucranianos, fornecer equipamentos de defesa e realizar exercícios. No entanto, ao contrário do que aconteceria se a Ucrânia fosse membro da Otan, os EUA não têm obrigação de enviar suas tropas para defender o país.
Após a assinatura, Zelenski descreveu o dia como "histórico" e agradeceu a Biden por sua liderança, observando que o acordo é o mais importante assinado por Kiev desde sua independência. Ele disse que o pacto criará empregos tanto nos Estados Unidos como na Ucrânia.
md (EFE, AFP, Reuters)