EUA enviam bombardeiros à Península da Coreia
8 de julho de 2017O Exército dos Estados Unidos enviou dois bombardeiros para a Península da Coreia nesta sábado (08/07) para participar de exercícios ao lado de aviões de combate da Coreia do Sul e do Japão, em resposta ao mais recente teste de míssil norte-coreano.
Nesta sexta-feira, autoridades americanas descreveram a missão como uma demonstração de força e unidade por parte das três nações aliadas, em reação ao programa nuclear e de mísseis balísticos de Pyongyang.
"As ações da Coreia do Norte são uma ameaça para nossos aliados, parceiros e nossos países", disse Terrence O'Shaughnessy, comandante das Forças Aéreas dos EUA, em comunicado. "Deixe-me ser claro: se formos chamados, estamos treinados, equipados e prontos para liberar a capacidade letal completa de nossas forças aéreas aliadas."
Segundo o comunicado, os dois bombardeiros americanos do tipo B-1B partiram da base de Anderson na ilha de Guam, no oeste do Pacífico, e conduziram uma missão de dez horas com aviões de combate sul-coreanos e japoneses na Península da Coreia.
Os bombardeiros simularam ataques de precisão em território sul-coreano, informou um porta-voz das Forças Aéreas do país asiático à agência local Yonhap. As manobras fazem parte de "uma firme resposta à série de lançamentos de mísseis balísticos por parte da Coreia do Norte", segundo a mesma fonte.
Os B-1B Lancers sobrevoaram o Mar do Japão, se aproximaram da fronteira que delimita as duas Coreias e posteriormente se uniram a caças sul-coreanos F-15K e F-16 na província de Gangwon, disse o porta-voz.
A Coreia do Norte lançou na terça-feira o seu primeiro míssil balístico intercontinental. Designado Hwasong-14, o míssil alcançou uma altitude máxima de 2.802 quilômetros e percorreu 933 quilômetros em 39 minutos.
"Pressão máxima"
Na quarta-feira, a Coreia do Sul e os Estados Unidos realizaram testes militares conjuntos com mísseis balísticos em direção ao Mar do Japão, em resposta ao lançamento pelo regime norte-coreano.
Reunidos por ocasião da cúpula do G20, em Hamburgo, na Alemanha, o presidente americano, Donald Trump, e os líderes da Coreia do Sul e do Japão emitiram um comunicado conjunto condenando o recente teste de um míssil balístico intercontinental realizado por Pyongyang. Eles classificaram a manobra norte-coreana, executada no início da semana, de ameaça global, que exige "pressão máxima" como resposta.
Nesta quinta-feira, em visita à Polônia, Trump disse estar cogitando "algumas coisas bem severas" em resposta às ações da Coreia do Norte, sem dar detalhes.
O Ministério do Exterior norte-coreano afirmou que o míssil intercontinental tem como objetivo superar a hostilidade de Washington e permitir que Pyongyang "atinja o coração dos EUA a qualquer momento".
LPF/ap/dpa/lusa/efe