EUA iniciam bombardeios ao EI na Síria
23 de setembro de 2014O Pentágono anunciou nesta segunda-feira (22/09) que foram iniciados os bombardeios aéreos contra bases do grupo extremista "Estado Islâmico" (EI) na Síria. Antes, os ataques aos radicais estavam limitados ao território iraquiano.
"As Forças dos Estados Unidos e de nações aliadas começaram os ataques contra o EI na Síria usando uma combinação de caças, bombardeiros e mísseis Tomahawk", anunciou no Twitter o porta-voz do Pentágono, o almirante John Kirby.
Ele não detalhou quais eram os aliados envolvidos nessas primeiras ações, nem quais foram os alvos. Mas, segundo o jornal The New York Times, os bombardeios estão concentrados na cidade de Raqqa, centro de operações dos extremistas, e ao longo da fronteira com o Iraque.
Sabe-se que apoiam os EUA na ofensiva Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Jordânia, Bahrein e Catar. O papel de cada país nos primeiros bombardeios, porém, não foi especificado. O regime sírio de Bashar al-Assad teria sido avisado sobre o início dos ataques aéreos.
Os bombardeios marcam uma guinada na política de combate ao terrorismo do presidente Barack Obama, até então resistente em envolver os EUA em mais uma guerra – especialmente na Síria, onde resistiu a intervir durante o ápice da guerra civil, e no Iraque, de onde acabou de retirar suas tropas.
O avanço nos últimos meses do EI, um grupo fortalecido durante a guerra civil síria, e a brutalidade das decapitações de ocidentais acabaram forçando Obama a lançar uma nova operação militar no Oriente Médio após uma década de guerras no Iraque e no Afeganistão.
Obama garante que a operação será diferente das anteriores, alegando que em nenhum caso ela implicará o envio de tropas terrestres. Mas ele enfrenta o ceticismo dos que defendem, inclusive dentro do Pentágono, que é impossível vencer o EI sem combates em terra.
RPR/afp/rtr/dpa