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Eurocéticos não conseguem formar bancada no Parlamento Europeu

24 de junho de 2014

Partidos de extrema-direita têm dificuldades em conciliar posições muitas vezes antagônicas. Mas holandês Wilders e francesa Le Pen afirmam que objetivo de formar grupo parlamentar será mantido.

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Marine Le Pen e Geert Wilders não conseguiram encontrar parceiros para formar um grupo parlamentarFoto: DW/A. Noll

O político holandês Geert Wilders afirmou nesta segunda-feira (23/06) que o Partido para a Liberdade (PVV), do qual é líder, a francesa Frente Nacional e outras siglas eurocéticas falharam na tentativa de formar um grupo de extrema-direita no Parlamento Europeu.

"Infelizmente não conseguimos cumprir o prazo de até 24 de junho para formar um grupo com outros seis partidos para o Parlamento Europeu", declarou Wilders à agência de notícias holandesa ANP. Para formar um grupo, que permite maior visibilidade e mais receitas, são necessários ao menos 25 parlamentares que representem sete países.

O número de deputados não é o problema – os partidos eurocéticos têm dificuldade em conciliar pontos de vista por vezes antagônicos. Para chegar ao grupo, faltaram dois países aos eurocéticos. Além da Frente Nacional e do PVV, participaram das negociações o austríaco Partido da Liberdade (FPÖ), a italiana Liga do Norte e o flamengo Vlaams Belang, da Bélgica.

Uma associação com o partido polonês Congresso da Nova Direita (KNP) foi avaliada, mas as suas posições homofóbicas e contra os direitos das mulheres desagradam a Wilders. "O PVV deseja fazer um grupo, mas não a qualquer preço", disse.

O holandês, que é conhecido por suas posições contra o Islã, indicou que a colaboração entre os cinco partidos será mantida com o objetivo de formar um grupo antes do final do ano com novos parceiros.

Wilders e a líder da Frente Nacional, Marine Le Pen, fizeram um acordo antes das eleições europeias, com o objetivo de "destruir a partir do interior" a União Europeia.

BWS/AS/lusa/afp