Explosões perto de estádio deixam 38 mortos em Istambul
11 de dezembro de 2016Ao menos 38 pessoas morreram, 30 delas policiais, e 155 ficaram feridas no duplo atentado ocorrido na noite deste sábado (10/12) em Istambul, afirmou o ministro do Interior da Turquia, Süleyman Soylu. Segundo ele, 13 pessoas foram detidas por suspeita de ligação com os ataques.
De acordo com Soylu, a primeira explosão ocorreu ao lado do estádio do clube de futebol Besiktas, com o uso de um carro-bomba, e a segunda foi provocada por um suicida, que detonou seus explosivos num parque próximo do estádio, cerca de um minuto depois. O Besiktas é um dos clubes mais populares da Turquia.
O ministro afirmou, ainda, que as primeiras avaliações indicam que o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) está por trás do ataque. "Temos informações de como o atentado ocorreu e como foi organizado, mas não podemos dizer mais porque as operações estão em andamento", frisou Soylu.
O primeiro-ministro Binali Yildirim ordenou neste domingo que as bandeiras sejam hasteadas a meio mastro. Os serviços funerários para alguns dos oficiais mortos foram realizados ao meio-dia (horário local) na sede da polícia de Istambul.
"Mártires e feridos"
Horas antes, Recep Tayyip Erdogan, presidente da Turquia, havia dito que "infelizmente, há mártires e feridos". Ele considerou que, por terem ocorrido pouco depois do fim do jogo entre o Besiktas e o Bursaspor, as explosões tinham como objetivo atingir o maior número de vítimas possível.
O presidente da Turquia afirmou ainda que "o nome ou o método da organização terrorista que perpetrou o ataque" não interessa. "Ninguém deve duvidar de que vamos derrotar o terrorismo, os grupos terroristas, os terroristas e, claro, as forças por trás deles, com a ajuda de Deus", afirmou.
Segundo as autoridades turcas, o carro, "cheio de explosivos", foi detonado no local onde estava a polícia, já depois de os torcedores terem deixado o estádio, o que indica que policiais eram o alvo do ataque. O segundo ataque foi executado por um suicida que detonou seus explosivos perto de um grupo de policiais.
AS/lusa/dpa/afp/ap/rtr