1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Exército sírio entra em Aleppo com batalhão de elite

28 de julho de 2012

Ativistas sírios dizem que uma ofensiva aérea e terrestre das forças do governo começou na cidade de Aleppo, no norte do país. Governos ocidentais temem massacre.

https://p.dw.com/p/15g1R
HANDOUT - Der Ausschnitt aus einem Video Ugarit News vom Samstag (28.07.2012) zeigt eine zerstörte Häuserfront in Aleppo (Syrien). Foto: Ugarit News dpa (ACHTUNG: Bestmögliche Qualität. DPA nutzt das Bild von einer alternativen Quelle und kann keine Gewähr für den genauen Ort und das genauer Datum geben)
Krieg in Syrien Kämpfe in AleppoFoto: picture-alliance/dpa

Ativistas disseram neste sábado (28/07) que tropas auxiliadas por tanques de guerra, artilharia e helicópteros avançaram nos bairros a sudoeste de Aleppo, onde as forças rebeldes estão concentradas.

"Pode-se dizer que o contra-ataque começou", disse Rami Abdel Rahman, chefe do Observatório Sírio de Direitos Humanos, com sede em Londres.

Rahman disse que os confrontos mais violentos desde o início da revolta contra o presidente Bashar al-Assad, em março de 2011, estão acontecendo agora em vários bairros de Aleppo.

Antes do início deste mês, Aleppo presenciou poucas batalhas durante a revolta popular, mas as potências ocidentais temem que a cidade possa se tornar um campo de batalha chave no conflito.

As tropas do governo vinham se concentrando ao redor da cidade durante vários dias, alimentando temores sobre o início do que a mídia pró-regime chamou de "a batalha das batalhas".

"Aleppo será a última batalha travada pelo exército sírio para esmagar os terroristas, e depois disso a Síria sairá da crise," escreveu o jornal Al-Watan.

O regime de Assad está tentando reassegurar sua autoridade depois de militantes da oposição terem dominado boa parte de Aleppo, importante centro comercial, no dia 20 de julho. Assad enviou reforços para retomar a cidade.

HANDOUT - Der Ausschnitt aus einem Video Ugarit News vom Samstag (28.07.2012) zeigt einen bewaffneten Mann hinter Sandsäcken in Aleppo. Foto: Ugarit News dpa (ACHTUNG: Bestmögliche Qualität. DPA nutzt das Bild von einer alternativen Quelle und kann keine Gewähr für den genauen Ort und das genaue Datum geben.) +++(c) dpa - Bildfunk+++
Cidade havia sido tomada por rebeldes na última semanaFoto: picture-alliance/dpa

Ativistas disseram que 17 pessoas foram mortas na cidade, na sexta-feira, de um total de 160 em todo o país. Com os rebeldes em menor número e com menos armas, uma grande ofensiva do governo em Aleppo deve deixar muitos mortos.

Temores internacionais

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, pediu que Damasco não siga adiante com a ofensiva em Aleppo. "Eu estou seriamente preocupado com a escalada da violência em Aleppo. Eu exorto o governo a suspender a ofensiva. A violência de ambos os lados precisa parar pelo bem dos civis."

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, disse haver "preocupações reais de que o regime sírio esteja a ponto de realizar atos verdadeiramente chocantes na cidade de Aleppo".

A Rússia alertou neste sábado para uma "tragédia" iminente na cidade, mas disse não ser razoável esperar que o governo sírio aceite que Aleppo fique nas mãos dos rebeldes.

"Como se pode esperar que numa situação como esta o governo simplesmente se reconcilie e diga 'certo, eu estava errado, podem me depor e mudar o regime'?", questionou o ministro russo do Exterior Sergei Lavrov.

A Rússia tem usado seu poder de veto no Conselho de Segurança da ONU para bloquear sanções contra a Síria, mas nega estar apoiando o regime de Assad. Neste sábado, Lavrov disse que a Rússia não está "nem pensando" em oferecer asilo para Assad.

Enquanto isso, o chefe da missão de observação da ONU na Síria, major General Robert Mood, alertou para o fato de que a violência no país pode não terminar mesmo se o presidente Assad deixar o poder, devido a tensões entre diferentes facções rebeldes.

Os muitos anos de dominação sobre a maioria muçulmana sunita pela minoria Alauita de Assad levou a uma grande ruptura.

"Muitos acham que, se Bashar al-Assad cair ou se for dada a ele uma saída honrosa, o problema estará resolvido. Essa é uma simplificação excessiva com a qual se deveria ter cautela", disse Mood.

FF/dpa/afp/rtr
Revisão: Alexandre Schossler