Fabricantes alemães vestem maior número de seleções na Copa
Com 11 equipes, a fabricante alemã Puma é quem trará o maior número de seleções à Copa do Mundo na Alemanha em 2006. "É a primeira vez que temos tantos representantes numa Copa", explica Ulf Santjer, porta-voz da empresa sediada na pequena cidade bávara de Herzogenaurach (23 mil habitantes), onde também fica a matriz da Adidas.
As classificações da Suíça e da República Tcheca na repescagem elevou para 11 o número de seleções com o símbolo do felino na Copa. Presente há vários anos na África, a número 3 entre as grandes empresas do ramo no mundo equipa quatro das cinco seleções africanas que virão à Alemanha: Tunísia, Gana, Costa do Marfim e Togo.
Chance para ofensiva de marketing
As grandes expectativas de título entre as que vestem o uniforme com o felino ficam por conta da Itália. Também Polônia, Paraguai, Irã e Arábia Saudita usarão Puma na Copa. A sete meses do certame, a empresa do sul da Alemanha já está preparando a maior ofensiva de marketing de sua história, adianta Santjer.
Embora nunca um país africano tenha conquistado um título em Copa do Mundo, a Puma aposta na publicidade com as equipes: "Por ser tão criativo, o futebol africano é uma importante peça em nossa campanha", assinala o porta-voz.
Rivais com história comum
A rival Adidas – da qual um dos irmãos proprietários se desmembrou para fundar a Puma – é patrocinadora oficial da Copa na Alemanha, mas não conseguiu classificar tantas seleções. Além da Alemanha, anfitriã do certame, a "marca das três listras" veste ainda a França, Espanha, Argentina e Japão.
Outros, como a Grécia, campeã européia, China, Nigéria e África do Sul, não se classificaram. Mesmo assim, a segunda maior fabricante de artigos esportivos no mundo estará presente em todos os jogos do mundial, pois fornecerá a bola oficial. "A Copa é um megaevento para a empresa, independente do número de participantes que vestimos", disse a porta-voz Anne Putz.
Segundo ela, só na Alemanha, a empresa espera vender meio milhão de uniformes da seleção alemã, o dobro do vendido na Copa passada.
Nike, com trunfo brasileiro
A norte-americana Nike aposta mais uma vez na seleção pentacampeã mundial. "O Brasil representa o sonho do futebol brilhante e estético e é a única equipe de potencial internacional", ressalta Olaf Markhoff, porta-voz da Nike na Alemanha.
A líder mundial no segmento esportivo fornece os uniformes de oito seleções: Brasil, Portugal, Estados Unidos, Holanda, Croácia, México, Austrália e Coréia do Sul.
Entre as fabricantes de menor porte presentes na próxima Copa, está a britânica Umbro, que veste as seleções da Inglaterra e da Suécia. "Por trás dos bastidores está acontecendo uma verdadeira guerra entre as fabricantes por algumas equipes restantes", contou um observador de mercado à agência de notícias alemã DPA.
Chuteiras têm patrocínio à parte
Além dos patrocínios da vestimenta, há ainda os contratos de exclusividade mantidos com os jogadores para uso de chuteiras. A estrela da Adidas, por exemplo, é David Beckham, mas também outros destaques, como Frank Lampard (Inglaterra), Arjen Robben (Holanda), Cacá (Brasil) ou Alessandro dal Pierro (Itália) usam chuteiras desta marca.
A Nike pretende lançar uma campanha com as estrelas Ronaldinho (Brasil), Thierry Henry (França) e Wayne Rooney (Inglaterra). Durante a Copa na Alemanha, a escolha da marca de chuteiras é livre, com exceção da Alemanha, que usará Adidas dos pés à cabeça.