Facebook enfrenta ação nos EUA por reconhecimento facial
17 de abril de 2018Um juiz federal na Califórnia, Estados Unidos, aceitou a abertura de um processo contra o Facebook por violação de privacidade. A rede social é acusada de utilizar uma ferramenta de reconhecimento facial sem o consentimento explícito dos usuários.
Lançada em 2010, a ferramenta identifica automaticamente pessoas em fotografias postadas na rede social. Os autores da ação contra o Facebook alegam que a função fere leis de proteção à privacidade biométrica do estado de Illinois, onde moram. O Facebook tem sua sede na Califórnia.
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O juiz James Donato entendeu nesta segunda-feira (16/04) que o argumento dos três residentes de Illinois que entraram com a ação é suficientemente coeso para a abertura de um processo contra rede social.
Por meio de uma porta-voz, o Facebook negou as acusações e afirmou que acredita que ação não tem mérito. A rede social destacou ainda que, desde o início, foi transparente sobre a ferramenta de reconhecimento facial e informou usuários que esse recurso pode ser desativado para evitar que sejam sugeridos em fotografias.
Apesar da possibilidade de desativá-lo, o recurso é polêmico. Em 2012, a ferramenta de reconhecimento facial foi suspensa para usuários na Europa devido a temores de violações de privacidade.
A decisão é mais um revés para a rede social, que enfrenta um escândalo sobre o vazamento de dados de 87 milhões de usuários, que foram acessados indevidamente pela consultoria britânica Cambridge Analytica. As informações teriam sido usadas para beneficiar a campanha eleitoral do presidente Donald Trump em 2016.
O escândalo levouoa fundador e presidente-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, a prestar esclarecimentos ao Congresso dos Estados Unidos.
A rede social enfrenta diversos processos coletivos de usuários e acionistas nos Estados Unidos por causa do vazamento de dados, bem como uma investigação da Comissão Federal de Comércio que pode render multas milionárias.
CN/rtr/afp
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