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Facebook remove páginas de rede de apoio a Bolsonaro

23 de outubro de 2018

Rede social afirma que perfis removidos violavam políticas de autenticidade e de spam e que decisão não tem relação com conteúdo divulgado pelo grupo. Contas falsas eram usadas para publicar artigos caça-cliques.

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Páginas removidas eram controladas por um grupo identificado como Raposo Fernandes Associados Foto: Reuters/D. Ruvic

O Facebook removeu nesta segunda-feira (22/10) 68 páginas e 43 contas associadas a um grupo de apoio ao candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL). A rede social afirmou que a remoção ocorreu devido à violação de políticas de autenticidade e spam e que a decisão não tem relação com seu conteúdo.

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De acordo com o Facebook, as páginas e contas removidas eram controladas por um grupo identificado como Raposo Fernandes Associados (RFA), que usava contas falsas ou vários perfis com o mesmo nome para publicar um grande número de artigos caça-cliques com o objetivo de direcionar os usuários para suas páginas fora da rede social, que possuíam muitos anúncios e pouco conteúdo.

"Embora a atividade de spam esteja comumente associada à oferta fraudulenta de produtos ou serviços, temos visto spammers usando cada vez mais conteúdo sensacionalista político – em todos os espectros ideológicos – para construir uma audiência e direcionar tráfego para seus sites fora do Facebook, ganhando dinheiro cada vez que uma pessoa visita esses sites. E isso é exatamente o que as páginas e as contas que removemos hoje estavam fazendo", afirmou o Facebook, em nota.

Entre as páginas que pertencem ao grupo estão a "Movimento Contra Corrupção”, "Folha Política”, "Correio do Poder”, "Gazeta Social” e "TV Revolta”. Essa rede com milhões de interações publicava conteúdo sensacionalista de apoio a Bolsonaro e contra o candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad.

A reta final da campanha eleitoral está sendo marcada por denúncias de divulgação de notícias falsas em massa no Facebook e no WhatsApp. A Polícia Federal (PF) abriu uma inquérito para investigar a possível existência de utilização de um esquema profissional por parte das campanhas políticas com o objetivo de propagar mensagens falsas.

O pedido de abertura da investigação havia sido feito pela procuradora-geral da República e procuradora-geral Eleitoral, Raquel Dodge, na sexta-feira. Ela fez a solicitação após uma reportagem do jornal Folha de São Paulo revelar que empresas teriam desembolsado milhões de reais para comprar serviços de envio de mensagens em massa a usuários da rede social a fim de favorecer o candidato do PSL.

CN/efe/ots

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