Familiares de PMs protestam no Rio de Janeiro
10 de fevereiro de 2017Familiares de policiais militares do Rio de Janeiro protestam desde o início da manhã desta sexta-feira (10/02) em frente a 27 batalhões no estado. Em quatro, os manifestantes, na maioria mulheres de agentes, bloquearam a entrada. Os protestos acontecem devido ao atraso no pagamento de salários e às más condições de trabalho. Os familiares reivindicam o pagamento do décimo terceiro e de adicionais atrasados, como pelo patrulhamento durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos.
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De acordo com a Polícia Militar, a atividade dos agentes não foi afetada, e 95% do efetivo trabalha normalmente. O comando dos batalhões está conversando com os manifestantes para a suspensão do bloqueio. A PM destacou ainda que não há paralisação, mas apenas um protesto de familiares. Nesta sexta-feira, uma PM da Barra da Tijuca foi detida administrativamente por incitar colegas a greve em redes sociais. A PM afirmou que ela ficará detida até domingo.
O protesto é semelhante ao que ocorre no Espírito Santo, onde familiares de policiais militares bloqueiam a entrada de batalhões há uma semana. A paralisação no estado causou uma onda de violência, que já deixou ao menos 121 mortos.
Desde o início da semana circulava nas redes sociais a informação de que um movimento parecido com o do Espírito Santo aconteceria no Rio de Janeiro. Em meio aos boatos, o governador do estado, Luiz Fernando Pezão, anunciou na quarta-feira um aumento salarial de 10,22% para os policiais, visando evitar qualquer tipo de paralisação.
Em entrevista à TV Globo, o secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Roberto Sá, afirmou nesta sexta-feira que a troca de turno dos policiais militares está garantida e procurou tranquilizar a população. "A demonstração de hoje, o dia mais crítico, vai ser feita todos os dias. Que se valorize o policial não só nos momentos de tensão e receio. Enquanto as pessoas vão ao cinema, à praia, dormem, alguém dá proteção. Os policiais muitas vezes são pouco reconhecidos. Por isso, convidamos a sociedade a essa reflexão", afirmou.
CN/lusa/efe/ots