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Festa do açúcar: Um Natal diferente para os turcos

Alessandra Andrade18 de novembro de 2002

Mesmo sem comemorar o nascimento de Jesus, os muçulmanos também festejam e ganham presentes no final do ano.

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De acordo com o Alcorão, Jesus foi um dos profetas enviados à Terra, mas Maomé foi o último delesFoto: AP

Véspera de Natal. Na Europa, na América, e nos diversos países cristãos, as famílias estão enfeitando seus pinheiros e cobrindo-os de presentes. Mas, afinal, países que não seguem o cristianismo também comemoram o nascimento de Jesus? Como seria, por exemplo, o Natal na Turquia?

Os turcos, em sua maioria muçulmanos, não comemoram o Natal. Apesar de o livro sagrado de sua religião, o Alcorão, mencionar Jesus, a figura mais importante para os seguidores do Islã é o profeta Maomé. A troca de presentes e a celebração com os amigos são feitos, no dia 31 de dezembro, em comemoração ao Ano Novo.

Hoje em dia, as árvores de Natal e os "papais noéis" já podem ser vistos nas ruas das cidades turcas, o que mostra a influência dos países ocidentais na cultura local. Em alguns casos, as famílias até distribuem no dia 25 de dezembro os presentes previstos para a virada do ano. Na verdade, estes não são os presentes de Natal, mas os "presentes de Ano Novo".

Festa do Açúcar –

A celebração do nascimento do menino Jesus pelos cristãos tem a mesma importância da Festa do Açúcar para os muçulmanos. Durante três dias, as famílias turcas festejam o fim do Ramadã com doces e presentes. No primeiro dia, elas vão à mesquita para fazer suas orações, em seguida, vão visitar amigos e parentes, levando-lhes doces. Entre os doces distribuídos estão o lokum, um tipo de maria-mole com nozes, amêndoas e pistaches, e o baklava, feito com massa folheada e recheio de nozes.

Ramadã –

Uma das principais comemorações islâmicas, o Ramadã, está relacionada à revelação do Alcorão a Maomé. Ocorre no nono mês do calendário muçulmano, que começa em 622 d.C., com a ida do profeta de Meca para Medina. Durante o mês sagrado, os seguidores da religião devem jejuar e adotar a abstinência sexual. É uma comemoração bem diferente das realizadas no Ocidente, porém envolve mais de 1,3 bilhão de pessoas que também se unem em nome de um Deus, pelo amor e pela paz.