Fillon é o candidato presidencial da centro-direita
27 de novembro de 2016O ex-primeiro-ministro François Fillon, de 62 anos, venceu as prévias que definiam o candidato da centro-direita francesa na eleição presidencial de 2017, segundo os resultados preliminares anunciados pelos organizadores do escrutínio, realizado neste domingo (27/11).
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Fillon obteve cerca de 67% dos votos, contra cerca de 33% do seu rival no segundo turno, o ex-primeiro-ministro e atual prefeito de Bordeaux, Alain Juppé, de 71 anos. Mesmo antes do anúncio do resultado oficial, Juppé reconheceu a derrota e parabenizou Fillon pela ampla vitória. Ele disse ainda que vai apoiar o candidato escolhido.
Pesquisas indicam que Fillon tem boas chances de vencer a eleição presidencial de 2017 na França. Ele concorrerá contra a presidente da Frente Nacional, Marine Le Pen, e possivelmente contra o atual presidente, o socialista François Hollande.
Hollande deverá anunciar no dia 7 de dezembro se vai ou não concorrer, segundo pessoas ligadas a ele. As pesquisas indicam que ele dificilmente será reeleito, e a disputa deverá ficar mesmo entre Fillon e Le Pen.
Diante dessa situação já aparecem sinais de desunião entre os socialistas. O primeiro-ministro Manuel Valls declarou ao periódico Le Journal du Dimanche que não descarta mais se candidatar nas prévias dos socialistas, em janeiro. Pesquisas indicam que Valls teria mais chances de vencer do que Hollande.
O ex-presidente Nicolas Sarkozy ficou em terceiro lugar no primeiro turno das prévias conservadoras e não disputou o segundo turno. Após a derrota, ele declarou apoio a Fillon, que foi seu primeiro-ministro de 2007 a 2012, por considerá-lo ideologicamente mais próximo.
Antes da disputa, as pesquisas indicavam que a candidatura dos conservadores seria decidida entre Juppé e Sarkozy. Fillon era apenas o terceiro colocado nas pesquisas de intenção de voto. Porém, o ex-primeiro-ministro conseguiu se impor com suas propostas, liberais na economia e conservadoras na política social, e com sua boa participação nos debates.
A votação estava aberta a todos os eleitores maiores de 18 anos, com a condição de fazer uma contribuição de 2 euros e assinar uma carta de adesão aos valores da centro-direita.
AS/efe/afp/rtr