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Fiocruz adia entrega da vacina de Oxford para março

20 de janeiro de 2021

Fundação aguarda chegada do ingrediente ativo da China para iniciar produção local da vacina. Não há confirmação de que composto chegue ainda em janeiro, como esperado.

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Vacina de Oxford, produzida pela AstraZeneca
Vacina foi desenvolvida pela farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca em parceria com a Universidade de OxfordFoto: Steve Parsons/empics/picture alliance

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) afirmou nesta terça-feira (19/01) que a entrega da vacina de Oxford será adiada de fevereiro para março. A data anterior era 8 de fevereiro.

Em comunicado enviado ao Ministério Público Federal, a Fiocruz argumentou que o motivo para o atraso na produção do imunizante contra a covid-19 no Brasil é o não recebimento de um ingrediente farmacêutico necessário para a fabricação da vacina, que foi desenvolvida pela farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford.

A Fiocruz afirmou ainda que a data prevista para a chegada do primeiro lote do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), proveniente de uma parceira da AstraZeneca na China, é o próximo sábado, mas não há confirmação.

A entrega da vacina de Oxford em março ao Ministério da Saúde pressupõe a chegada do IFA ainda em janeiro e que o produto final e o IFA apresentem resultados de controle de qualidade satisfatórios, acrescentou a Fiocruz.

Plano de imunização em risco

A alteração na data da entrega da vacina deverá dificultar ainda mais a execução do plano nacional de imunização contra a covid-19, desenvolvido pelo Ministério da Saúde e que sofre de incertezas semelhantes em relação à importação de matéria-prima para a produção da Coronavac, vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo.

A Fiocruz também comunicou que não sabe quando as 2 milhões de doses prontas da vacina de Oxford que serão importadas da Índia estarão no Brasil. O governo da Índia comunicou nesta terça-feira que começará a exportar vacinas nesta quarta para vários países, mas o Brasil não está na lista.

O Instituto Butantan cobrou do governo do presidente Jair Bolsonaro que a negocie com a China para viabilizar a chegada de matéria-prima. O Butantan irá fabricar no Brasil a Coronavac, a única vacina atualmente disponível no país e que já está sendo administrada no país. As primeiras doses aplicadas chegaram prontas da China.

Em declarações à emissora CNN Brasil, o coordenador do Centro de Contingência da Covid-19 de São Paulo, João Gabbardo, afirmou que, em algum momento, a vacinação contra o novo coronavírus terá de ser reduzida, e até mesmo paralisada, por falta de doses no país.

AS/lusa/ots