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FMI prevê recuperação lenta da economia brasileira

16 de novembro de 2016

Em relatório, Fundo Monetário Internacional afirma que Brasil está perto de sair da recessão, mas destaca que recuperação depende da aprovação de reformas fiscais. Previsão para 2017 é de crescimento de 0,5% da economia.

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Trabalhador da construção civil
Foto: picture-alliance/dpa/J. Alves

O Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou nesta terça-feira (15/11) que a economia brasileira estaria perto de sair de uma profunda recessão, mas destacou que essa recuperação depende da aprovação de reformas fiscais pelo governo.

No relatório anual sobre o Brasil, o FMI prevê que a economia se recuperará gradualmente a partir do segundo semestre deste ano, mas permanecerá fraca por período prolongado. O organismo projetou um déficit econômico de 3,3% em 2016 e um crescimento de 0,5% para 2017, com base na aprovação breve de medidas para limitar os gastos fiscais e na reforma da previdência.

O fundo alertou ainda sobre riscos para as perspectivas da economia, como a não aprovação das medidas pelo governo, o crescimento lento de economias de países emergentes e a baixa no preço das commodities de exportação. A previsão também está sujeita a incertezas políticas.

No relatório, o FMI notou que, durante vários anos, a inflação também esteve acima da meta central, mas em 2016, alguns preços começaram a ficar moderados. O organismo prevê que a inflação neste ano seja de 7,2% e caia para 5% em 2017.

O FMI recomendou que as autoridades "intensifiquem os esforços de reformas estruturais para aumentar o crescimento a longo prazo, incluindo nas áreas de política fiscal, do mercado de trabalho e das infraestruturas", e defendeu reformas comerciais para aumentar a concorrência e a eficiência. 

O organismo salientou a necessidade de reforçar "a divulgação das estatísticas fiscais de empresas estatais, bancos públicos e finanças dos estados, e encorajou as autoridades a monitorarem e aplicarem regras fiscais subnacionais", numa altura em que vários estados brasileiros enfrentam dificuldades financeiras.

CN/lusa/rtr/efe/abr