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França anuncia missões de reconhecimento na Síria

7 de setembro de 2015

Hollande afirma que país cogita lançar ataques aéreos contra o "Estado Islâmico", com o objetivo de combater o terrorismo que ameaça a Europa. Presidente francês responsabiliza Assad pela crise na Síria.

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Foto: Reuters/C. Platiau

A França vai dar início a missões de reconhecimento na Síria e cogita lançar ataques aéreos contra o "Estado Islâmico" (EI) no país, disse o presidente François Hollande nesta segunda-feira (07/09).

O líder francês salientou que é necessário lutar contra "o terrorismo e a guerra", que deixaram a Europa vulnerável a ataques. As missões de reconhecimento devem começar nesta terça-feira.

Até agora, a França somente participou de ataques contra o EI no Iraque, por temer que as investidas contra o grupo armado na Síria pudessem fortalecer o presidente sírio, Bashar al-Assad. "Temos provas de que ataques contra vários países, especificamente a França, têm sido planejados na Síria", disse Hollande.

A França estava pronta para se juntar a ataques aéreos contra o regime de Assad na Síria em 2013, antes de o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, inexplicavelmente, recuar dos planos. Hollande descartou qualquer intervenção militar por terra, destacando que isso seria tarefa da Síria e dos países da região.

"Minha responsabilidade é assegurar que estejamos informados o máximo possível sobre as ameaças contra o nosso país. Assim, eu pedi ao ministro da Defesa que, a partir de amanhã, sejam iniciados voos de reconhecimento na Síria, para que tenhamos condições de considerar ataques aéreos contra o EI", disse o presidente francês.

Ele também reiterou que a única solução para a crise na síria seria uma transição política que levasse Assad a deixar o poder. "Assad é o responsável pela situação na Síria. Ele atirou no seu povo, bombardeou civis. Ele usou armas químicas e se negou a dialogar com opositores", afirmou.

EI avança

Enquanto isso, integrantes do EI tomaram um campo de petróleo numa vasta área desértica na região central da Síria, onde o Exército tenta recuperar territórios tomados pelo grupo extremista. Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, o campo de médio porte, no nordeste da cidade de Palmira, está sob controle dos radicais.

Os Estados Unidos lideram uma coalizão de países que vem realizando ataques aéreos contra posições, arsenais e equipamentos do EI desde o ano passado. No entanto, poucos progressos foram feitos em relação aos objetivos do presidente Obama de "degradar e destruir" o grupo.

O Reino Unido também estaria próximo de anunciar ações militares. Conforme a mídia britânica, o Parlamento irá votar no mês que vem uma eventual autorização de bombardeios de alvos do EI.

MP/ap/rtr