Opel
28 de maio de 2009A reunião que terminou na madrugada desta quinta-feira (28/05), em Berlim, definiu que até a sexta-feira (29/05), a Magna e a Fiat, empresas que continuam no páreo pela Opel após a saída da Ripplewood, deverão encontrar uma saída junto com o governo norte-americano e a GM.
O objetivo do encontro em Berlim era garantir um financiamento temporário para a Opel, caso a matriz norte-americana General Motors (GM) venha a declarar insolvência nos próximos dias. O dinheiro serviria para garantir a sobrevivência temporária da subsidiária através do chamado sistema fiduciário.
Inesperadamente, todavia, a GM requereu 300 milhões de euros a mais do que o acertado inicialmente. Dessa forma, o empréstimo planejado pelo governo alemão se elevaria de 1,5 bilhão para 1,8 bilhão de euros, uma soma que o governo em Berlim rejeitou.
Críticas aos EUA e GM
Os ministros alemães da Economia e das Finanças, Karl-Theodor zu Guttenberg e Peer Steinbrück, criticaram duramente o comportamento do governo dos EUA e da GM. "Mais uma vez nos confrontamos com surpresas, principalmente por parte da General Motors", disse Guttenberg.
O governo alemão fez exigências ao governo norte-americano, que deverá tomar uma posição até esta sexta-feira. "Essas respostas terão que vir para que uma concepção seja implementada", afirmou Steinbrück.
O ministro alemão das Finanças afirmou que o governo dos EUA deveria ter enviado negociadores mais competentes a Berlim. Um dos participantes do encontro declarou à agência Reuters que, "devido ao bloqueio da GM e do Tesouro dos EUA, o encontro terminou em um desastre".
Igualdade de chances
Após o encontro, o fundador da Magna, Frank Stronach, declarou-se disposto a assumir o empréstimo adicional de 300 milhões de euros. Como condição, no entanto, Stronach exigiu garantias do governo alemão, caso o lado norte-americano não cumpra o acordo.
Steinbrück afirmou que a Magna está disposta a contribuir para uma solução do problema. "Parece-me bastante atraente o que este investidor tem em mente", afirmou o ministro. A montadora italiana Fiat também terá a chance de fazer uma oferta semelhante. Até sexta-feira, ambos têm as mesmas chances, afirmou o ministro alemão da Economia, Karl-Theodor zu Guttenberg.
CA/ap/reuters
Revisão: Roselaine Wandscheer