Michael Jackson
7 de julho de 2009Músicas antigas estão de volta à lista das mais tocadas, fóruns na internet espalham rumores e mensagens de admiração pelo ídolo e programas de TV exploram detalhes minuciosos da vida de quem é citado em todo o planeta como o "rei do pop". Em todos os continentes, o cenário que marca a despedida de Michael Joseph Jackson é semelhante.
O rapaz que nasceu em 1958 em Gary, no estado de Indiana, EUA, é sepultado nesta terça-feira (07/07) em Los Angeles. Também lá, uma grande cerimônia fúnebre com início às 14h (horário de Brasília) reúne, mais uma vez, várias etnias e gerações de todo o mundo para a despedida oficial de Michael.
Cerca de 1,6 milhão de pessoas participaram da loteria feita na internet que tinha como prêmio ingressos para assistir à cerimônia em Los Angeles de perto. De todos os internautas que tentaram, apenas 17,5 mil conseguiram os ingressos.
Além dos sorteados, 2 mil repórteres credenciados devem se juntar aos fãs para mostrar ou narrar o evento, que será realizado no Staples Center e no Nokia Theater. A grande estrela da festa não estará no palco, mas músicos renomados como Stevie Wonder, Mariah Carey, Usher e Lionel Richie lhe prestarão homenagem interpretando, mais uma vez, seus maiores sucessos.
Por mais que o acesso à arena do Staples Center seja restrito a quem possui ingressos, a própria polícia de Los Angeles tem se preparado para impedir que mais de meio milhão de fãs tentem furar o bloqueio. Para evitar transtornos e frustração, quem não teve sorte na loteria da internet pode ficar em casa acompanhando a homenagem pela televisão.
Na Alemanha
Várias emissoras de rádio e de TV devem transmitir a cerimônia fúnebre ao vivo para todo o mundo – isso sem contar os vídeos e textos publicados em "tempo real" na internet. Ao todo, é previsto que o número de pessoas assistindo ao tributo de Michael Jackson ultrapasse o que acompanhou a despedida da princesa Diana em 1997.
Na televisão alemã, vários canais transmitem o dia todo boletins de notícias e acompanham o evento ao vivo. Em Berlim, oito telões montados em círculo no centro da arena do O2 World, próximo à estação de trem Ostbahnhof, também transmitem a despedida de Michael Jackson ao vivo. Seguindo o mesmo princípio do evento em Los Angeles, também o evento na O2 World tem entrada gratuita. "Queremos demonstrar nosso pesar à família Jackson", justifica Tim Leiweke, porta-voz dos organizadores.
Em Colônia, uma multidão deve se juntar aos fãs-clubes Neverland e Malibu para acompanhar a despedida do ídolo na Califórnia. A cerimônia será projetada em um centro de exposições ao lado da estação central de trem da cidade. A entrada também é gratuita.
Sucessos de volta ao topo da lista
Mesmo depois de sua morte, Michael Jackson continua fazendo sucesso. Com quatro álbuns entre os dez atualmente mais vendidos na Alemanha, pode-se arriscar dizer que o rei do pop alcançou o auge de sua carreira uma semana após sua morte.Segundo dados divulgados pelo Instituto de Pesquisas Media Control, o astro ocupa os dois primeiros lugares na lista dos álbuns mais vendidos, com King of Pop e Thriller, respectivamente. O sétimo lugar também é seu, com Number Ones, e o nono, com Bad.
Dentre os singles, Jackson tem os sucessos Earth Song, Beat It, Billie Jean, Heal The World, Dirty Diana e They Don't Care About Us na lista dos 30 mais vendidos.
Ninguém mais vai poder ver Michael ao vivo. Porém, os fãs que não se conformam com a despedida podem ainda assistir a shows que levam, de agora em diante, um pouco da voz, das letras, das roupas, da sincronia entre passos, iluminação e som do astro aos públicos saudosistas.
Thriller é um desses shows. Resumindo a vida do "rei do pop" com seus maiores sucessos, o espetáculo Thriller deve estrear na Alemanha em 22 de julho, na cidade de Munique. Segundo Georg Kleesattel, do Deutsches Theater de Munique, os ingressos já estão esgotados.
Exagero?
O especialista em mídia alemão Jo Groebel acredita que Mickael Jackson definiu um período da música que acaba de se encerrar. "Com a morte de Michael, provavelmente a era da música pop também morre", comenta o experto.Para Hubert Wandjo, Jackson gozava de uma popularidade internacional maior do que Elvis Presley e os Beatles. Hubert é coordenador do curso de Negócios Musicais (Musikbusiness) na academia pop de Baden-Württembergo. Com seu conhecimento na área musical, ele arrisca prever que, daqui a 50 anos, Jackson ainda será lembrado com o "rei do pop".
EH/ap/dpa
Revisão: Roselaine Wandscheer