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G7 reforça compromisso com luta contra o terrorismo

26 de maio de 2017

Reunidos na Itália, líderes do G7 chegam a acordo para reforçar segurança cibernética e combate ao extremismo. Em primeira cúpula de Donald Trump, grupo, porém, diverge sobre questões climáticas.

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Lideranças do G7 e da União Europeia se reúnem na Itália
Lideranças do G7 e da União Europeia se reúnem na ItáliaFoto: Getty Images/D.Kitwood

Reunidos na cidade siciliana de Taormina, no sul da Itália, os líderes do G7 (Itália, França, Reino Unido, Alemanha, Japão, Canadá e Estados Unidos) alcançaram nesta sexta-feira (26/05) um acordo para reforçar o combate ao terrorismo. Na primeira cúpula do grupo da qual participa o presidente americano, Donald Trump, questões climáticas foram, no entanto, motivo de divergências.

Em resposta a um pedido do Reino Unido, a declaração sobre a luta contra o terrorismo, apresentada como um compromisso após o recente atentado cometido na cidade de Manchester, no norte da Inglaterra, se concentra no controle da propagação de conteúdos extremistas na internet e no combate ao financiamento de organizações terrorista.

"O G7 apela às empresas que fornecem acesso à internet e aos responsáveis pelas redes sociais para que aumentem substancialmente seus esforços para resolver o problema dos conteúdos terroristas", destacou a declaração de três páginas.

A declaração também pede que essas companhias desenvolvam urgentemente "novas tecnologias e ferramentas para melhorar a detecção automática de conteúdo que incite a violência". Além disso, os líderes firmaram um acordo para estreitar a colaboração para administrar o "risco derivado dos combatentes estrangeiros e sua dispersão ao retornar para zonas de conflito".

O G7 expressou ainda compromisso em reforçar os esforços para "cortar canais de financiamento do terrorismo e do extremismo violento". Em outros dois pontos, os líderes reconhecem a importância de compartilhar informação entre as unidades de inteligência e da cooperação entre as autoridades competentes do setor privado.

No documento, as lideranças se comprometeram a cooperar para proteger o patrimônio cultural e lutar contra o tráfico de obras de arte roubadas, que frequentemente são usadas para financiar organizações terroristas.

Além dos líderes do G7, a declaração também foi assinada pelos presidentes da Comissão Europeia e do Conselho Europeu, Jean-Claude Juncker e Donald Tusk, respectivamente.

Conflito sobre o clima

Quanto às questões climáticas, uma das controvérsias entre os membros do G7 diz respeito à permanência dos Estados Unidos no Acordo de Paris sobre o clima. Trump já manifestou o desejo de deixar o pacto e chegou a dizer que as mudanças climáticas são uma farsa inventada pela China para enfraquecer as exportações americanas.

"Os outros participantes intercederam para que Estados Unidos mantenham seu compromisso com o acordo do clima", afirmou a chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, após a reunião.

Merkel destacou que a conversa foi franca e esclareceu todas as posições. "Em algumas questões houve concordância e em outras não", disse, acrescentando que as principais divergências entre os países são em relação à proteção climática e ao comércio.

A chanceler disse, no entanto, que a conversa foi produtiva e avaliou como um sucesso o primeiro dia de reuniões da cúpula do G7, que termina neste sábado.

O primeiro-ministro italiano, Paolo Gentiloni, destacou que os parceiros dos Estados Unidos na cúpula confirmaram o "compromisso e determinação" em cumprir com o Acordo de Paris e acreditam que uma vez que os EUA resolvam suas questões internas, o país vai querer continuar no tratado.

Após o fim da reunião, o assessor econômico da Casa Branca, Gary Cohn, disse que a postura de Trump sobre o acordo do clima está evoluindo e que a proteção do meio ambiente é importante para o presidente americano.

"Trump está pensando sobre quais são suas opções. Ele está muito mais bem informado sobre o tema graças às conversas de hoje, e sua postura sobre o Acordo de Paris está evoluindo", disse o assessor à imprensa.

O Acordo de Paris, aprovado em 2015 por 196 países, inclusive os EUA, estabelece metas para a redução de emissões de gases do efeito estufa e a diminuição de uso de combustíveis fósseis. As medidas visam limitar o aquecimento global ao máximo de 2ºC acima dos níveis pré-industriais.

CN/afp/rtr/efe/lusa