Encontro do G8
30 de março de 2010A atividade nuclear do Irã foi um dos principais temas debatidos na reunião do G8, que acabou nesta terça-feira (30/03), no Canadá.
Os ministros de Relações Exteriores que participaram do encontro pediram ações mais concretas contra o país que, acredita-se, esteja enriquecendo urânio para a construção de armas nucleares.
No texto final divulgado, os ministros pedem que a comunidade internacional tome "medidas apropriadas e rígidas" para mostrar sua posição frente ao programa nuclear conduzido por Teerã.
O primeiro-ministro canadense, Stephen Harper, disse que "Teerã precisa suspender suas atividades nucleares de enriquecimento e se empenhar por um diálogo pacífico."
Já o ministro alemão Guido Westerwelle disse que a luta não é só contra o Irã. "Precisamos apelar ao mundo em uníssono pela não-proliferação de armas nucleares, e não apenas ao Irã."
Contra sanções
Apesar do documento, alguns países ainda resistem a um maior rigor contra Teerã. A delegação russa, por exemplo, continua defendendo o diálogo. E a China, que não faz parte do G8 mas atua no grupo consultivo, tende a desfavorecer as sanções.
O Brasil, que faz parte do G20, tenta agir como ator nesse cenário e promover o diálogo entre o governo iraniano e a comunidade internacional, na tentativa de estimular um acordo pacífico.
O Irã já sofre três sanções impostas pelas Nações Unidas por sua recusa em acatar as exigências internacionais a respeito de seu programa nuclear.
Outros assuntos
O Afeganistão também foi debatido pelos ministros do G8, que pediram ao presidente Hamid Karzai um empenho maior no combate ao narcotráfico e à corrupção.
"A violência de extremistas em algumas partes do Afeganistão priva muitos afegãos do direito à liberdade e segurança", afirma o documento divulgado ao fim do encontro.
Os ministros também fizeram pressão para que Karzai conduza a reforma política no país e assegure que as eleições parlamentares de setembro próximo transcorram de forma justa.
O encontro entre os ministros dos Estados Unidos, Canadá, Rússia, Japão, França, Itália e Reino Unido antecede a reunião da cúpula dos mesmos países marcada para junho, que também será sediada no Canadá.
NP/dpa/rts
Revisão: Simone Lopes