Sociedade
24 de maio de 2007"É importante a gente promover uma imagem mais positiva dos turcos na sociedade", disse Ramia Özal, uma adolescente de 17 anos e integrante do grupo de jovens Geração DeuKische, um nome composto das palavras deutsch (alemão) e Türkish (turco). "E foi por este motivo que a gente decidiu criar a associação."
A Geração DeuKische tem cerca de cem membros, dos quais 30 são bastante ativos. Embora a maioria seja formada por turcos de 15 e 30 anos, o grupo afirma que cada vez mais jovens alemães mostram interesse em participar.
A associação planeja difundir comerciais de televisão que brincam com estereótipos. Além disso, está organizando uma feira para ajudar os pais que não dominam o idioma a matricular os filhos em aulas de esportes e de música, algo que eles possivelmente teriam dificuldade de fazer sozinhos.
Domínio da língua é a chave
Muitos membros do grupo dizem que não falar alemão ou falar incorretamente é um dos maiores problemas dos imigrantes turcos e seus descendentes. Outros acrescentam que o sistema educacional é rígido demais, o que dificulta a integração dos jovens filhos de imigrantes na sociedade alemã.
Taha Baskan, de 21 anos, também argumenta que são muito difíceis os testes de língua para se tornar cidadão alemão e que, em geral, os obstáculos para mudar de cidadania são grandes. "As leis de cidadania deveriam se tornar menos rígidas para encorajar a integração, porque um dos mais claros sinais de integração é ter um passaporte alemão."
Caminho para o futuro
Além do domínio do idioma, exige-se que os requerentes da cidadania alemã tenham morado legalmente no país por pelo menos oito anos. Eles também devem comprovar renda financeira suficiente para se sustentar e manter a família; além disso, não podem ter antecedentes criminais.
"De qualquer forma, uma sociedade multicultural é o caminho para o futuro", afirmou Zeynep Balazümbül, co-fundadora da Geração DeuKische. Ela espera que a Alemanha se torne multicultural nos próximos 30 anos.
"Atualmente este é o único futuro que vejo para o país, porque somos uma parte essencial da sociedade", acrescentou Balazümbül. "Estamos aqui para ficar. Pertencemos a este lugar e esta se tornou a nossa casa."