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Gigantes da tecnologia saem em defesa da Apple

19 de fevereiro de 2016

Google, Tweeter e Facebook declaram apoio à resistência da empresa em não ajudar o FBI a quebrar a senha do iPhone usado por um dos autores do massacre de San Bernardino.

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Neues iPhone 6s in AppleStore in Tokyo
Foto: picture-alliance/AA/D. Mareuil

Gigantes da indústria da tecnologia declararam apoio à Apple em sua batalha contra o FBI sobre a segurança das informações privadas dos usuários do telefone celular iPhone.

No início da semana, um juiz americano ordenou que a Apple contribuísse com as investigações sobre o recente massacre ocorrido em San Bernardino, na Califórnia, permitindo que as autoridades tivessem acesso a informações contidas no iPhone de um dos autores do ataque.

O episódio acabou gerando uma disputa legal que poderá determinar se as empresas de tecnologia ou o governo prevalecerão na questão do grau de privacidade e segurança dos smartphones.

O CEO da Apple, Tim Cooke, criticou a ordem judicial nesta quinta-feira (18/02), afirmando que a medida ameaça degradar a segurança dos iPhones, deixando os usuários vulneráveis a espiões e criminosos cibernéticos.

Cada vez mais, outras empresas de tecnologia saem em defesa da Apple. "Estamos ao lado de @tim_cook e da Apple (e o agradecemos por sua liderança)", escreveu o diretor-executivo do Twitter, Jack Dorsey, nesta quinta-feira, em sua rede social.

Também na quinta-feira, a rede social Facebook afirmou que condena o terrorismo e admira o trabalho dos agentes de segurança que o combatem, mas disse que lutará intensamente contra exigências feitas para que empresas de tecnologia reduzam a segurança de seus sistemas. "Tais exigências podem abrir um precedente assustador e obstruir os esforços das empresas de assegurar seus produtos", diz a declaração do Facebook.

O presidente da Google, Sundar Pichai, também declarou apoio à Apple por meio de uma série de declarações via Twitter. "Forçar as empresas a habilitar práticas de hacking poderá comprometer a segurança dos usuários", afirmou Pichai, acrescentando que o caso "pode gerar um precedente preocupante".

O diretor-executivo do aplicativo de mensagens WhatsApp, Jan Koum, declarou pelo Facebook que não se deve "permitir que se estabeleça esse precedente perigoso. Hoje, nossa liberdade está em jogo".

A Apple tem até a próxima terça-feira para contestar a decisão judicial de quebra da segurança do iPhone.

RC/dpa/ap