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Governo sírio recupera principal acesso a Aleppo

5 de novembro de 2015

Rodovia estava em poder de jihadistas do "Estado Islâmico". Conquista é importante vitória para forças de segurança de Bashar al-Assad e possibilita conexão de territórios controlados pelo Exército sírio.

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Aleppo é a segunda maior cidade do paísFoto: Imago/A.Schmidhuber

As forças de segurança da Síria recuperaram a principal estrada que dá acesso à cidade de Aleppo e estava em poder de combatentes do grupo extremista "Estado Islâmico" (EI), anunciou nesta quarta-feira (04/11) a emissora de notícias estatal.

O exército conseguiu recuperar a via de acesso no oeste da cidade. Em meados de outubro, o regime do presidente Bashar al-Assad iniciou uma ofensiva, com o apoio de ataques aéreos russos, contra jihadistas em Aleppo, a segunda maior cidade do país, cujo controle está divido entre rebeldes e tropas do governo desde 2012.

A emissora estatal afirmou que minas terrestres estão sendo removidas da rodovia e ela será reaberta ao público já na quinta-feira.

O Observatório Sírio para os Direitos Humanos afirmou que os combatentes do EI perderam o controle em cerca de 10 quilômetros da estrada, mas os confrontos pela via ainda continuam.

A rodovia liga Aleppo à região central do país. Recuperar o seu acesso significar conectar os territórios controlados pelas forças do governo, além de representar uma vitória importante para o regime de Assad.

Apoio de Moscou

O Exército russo anunciou na terça-feira que, pela primeira vez, bombardeou alvos terroristas na Síria com informações passadas por "representantes da oposição".

De acordo com o chefe das operações militares russas na Síria, o general Andrei Kartapolov, as coordenados foram fornecidas por oposicionistas do regime de Assad. Com essas informações, foram bombardeados 24 alvos na região de Palmira, Deir Ezzor, Ithriya e Aleppo.

Moscou anunciou também que criou "grupos de trabalho de coordenação" com a oposição moderada, visando impulsionar a luta contra o EI.

A Rússia é o principal aliado do regime de Assad e vem realizando ataques aéreos no país desde o final de setembro. Essa foi a primeira vez que os russos trabalharam com a oposição. Desde o início da ofensiva, os russos bombardearam mais de 2 mil alvos.

CN/afp/lusa/ rtr/dpa