Perpétua para homem que matou turista em Neuschwanstein
11 de março de 2024O americano preso por atacar duas mulheres e estuprar e matar uma delas em junho de 2023 nos arredores do Castelo de Neuschwanstein foi condenado nesta segunda-feira (11/03) à prisão perpétua na Alemanha por homicídio, tentativa de homicídio e estupro seguido de morte. Ele havia confessado os crimes no primeiro dia de julgamento.
O juiz do tribunal de Kempten disse que o crime foi particularmente grave e que será improvável que o condenado, de 31 anos, receba liberdade condicional após o cumprimento de 15 anos de pena, período após o qual uma sentença de prisão perpétua pode ser suspensa na Alemanha.
Relembre o caso
No dia 14 de junho de 2023, duas turistas americanas de origem asiática, de 21 e 22 anos, seguiam uma trilha nas redondezas do castelo de Neuschwanstein, um dos pontos turísticos mais populares da Alemanha, quando conheceram um homem, também americano, de 30 anos.
Ele então as convenceu a segui-lo para um mirante e, quando estavam perto da ponte Marienbrücke, o agressor atacou a mulher de 21 anos, que ele tentou estuprar. A amiga que estava com ela saiu em sua defesa e acabou sendo empurrada para dentro de um desfiladeiro.
Depois disso, a mulher de 21 anos foi estuprada e estrangulada e empurrada pelo homem pela mesma encosta íngreme, segundo os promotores. Ambas foram resgatadas de uma profundidade de 50 metros e levadas para um hospital, onde a vítima de 21 anos morreu devido aos ferimentos.
O agressor inicialmente fugiu, mas acabou sendo detido não muito longe do local do crime, depois de uma grande operação da polícia, com helicóptero e cães farejadores, nas proximidades do castelo.
Segundo o juiz, as motivações do condenado eram exclusivamente sexuais. Ele teria começado a se excitar sexualmente em sua própria caminhada, antes de conhecer as duas mulheres. Vários filmes pornográficos com mulheres de aparência asiática foram descobertos no telefone celular dele.
"O crime foi inacreditavelmente brutal e impiedoso", disse o juiz, para quem o crime também foi inacreditavelmente cruel. O condenado estuprou a vítima de 21 anos perto de um caminho muito frequentado. Quando testemunhas se aproximaram, ele apenas gritou brevemente "desculpe" e fechou as calças. As testemunhas pensaram que haviam interrompido sexo consensual. Quando as testemunhas se foram, ele "se desfez de sua vítima de estupro já moribunda como se fosse um saco de lixo", jogando-a ladeira abaixo, afirmou o juiz.
enk/as (DPA, AFP, DW)