1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

249 dias

17 de fevereiro de 2011

A Bélgica bateu recorde mundial de dias sem governo. Estudantes vão às ruas e, em homenagem ao ícone da culinária belga, fazem a "revolução das batatas-fritas".

https://p.dw.com/p/10JEv
Estudantes em Louvain-La-Neuve protestam contra a crise de governo belgaFoto: dapd

A Bélgica completou nesta quinta-feira (17/02) 249 dias sem conseguir formar um governo, igualando o recorde mundial em poder do Iraque. Na realidade, em 2009, o governo iraquiano foi composto no 249º dia, mas sua aprovação pelo Parlamento aconteceu 40 dias depois. Os belgas, no entanto, estão muito longe disso.

Irritada, a população protesta. Para pressionar as lideranças políticas, dez universitários convocaram manifestações, batizadas com o curioso nome de "A revolução das batatas fritas" – o prato é uma das especialidades da culinária belga.

Geschichte der Kartoffel Pommes
Iguaria da culinária belga, a batata frita deu nome à onda de protestosFoto: BilderBox

Ações como striptease e flashmobs estão sendo organizados através de redes sociais em cidades como Bruxelas, Antuérpia, Leuven e Liège.

Impasse político

Os sete partidos belgas tentam formar um gabinete de governo estável desde as eleições antecipadas de 13 de junho do ano passado. E, sobretudo, tentam evitar o fantasma de uma nova convocação de eleições, o que, segundo o mediador e atual ministro das Finanças, Didier Reynders, não é descartado.

O rei da Bélgica, Alberto 2º, voltou a pedir a Reynders que siga negociando até que o acordo seja alcançado. Reynders trata das negociações desde 2 de fevereiro último, após a demissão do antigo mediador, o senador socialista flamenco Johan van de Lanotte.

Alberto 2º prolongou nesta quarta-feira o mandato de Reynders até 1º de março, para que ele possa aprofundar os principais pontos de discussão entre os partidos do país, que representam os valões e os flamengos.

No centro das discussões está a proposta de reforma do sistema federalista da Bélgica, que daria mais autonomia para cada uma de suas regiões – Flandres, no norte; Valônia, no sul, e a capital, Bruxelas.

FC/dpa/lusa/afp/dpa
Revisão: Roselaine Wandscheer