Inflação na zona do euro desacelera em maio
3 de junho de 2014A inflação ao consumidor na zona do euro desacelerou para 0,5% em maio, na comparação anual, ante a taxa de 0,7% registrada em abril deste ano, divulgou nesta terça-feira (03/06) a agência de estatísticas da União Europeia, a Eurostat.
A taxa divulgada dois dias antes da aguardada reunião do Banco Central Europeu (BCE), marcada para quinta-feira, pressiona a instituição a adotar medidas para evitar uma possível deflação na região.
De acordo com a agência, o indicador só não recuou ainda mais porque o setor dos serviços da zona do euro teve um incremento médio de preços de 1,1%, em comparação com o mesmo mês do ano passado. Na Alemanha, a inflação anual atingiu 0,9% em maio, o menor nível desde junho de 2010.
Neste contexto, economistas esperam que a reunião do BCE traga uma redução da taxa básica de juros, dos atuais 0,25% para até 0,1%. A medida poderia acelerar a recuperação econômica do grupo.
Desemprego tem queda
A Eurostat divulgou também nesta terça-feira a primeira queda na taxa de desemprego da zona do euro desde dezembro passado. Em abril, o índice caiu para 11,7% da população economicamente ativa. No mês anterior, era de 11,8%.
"O desemprego continua diminuindo nos 28 Estados-membros da União Europeia como um todo, assim como na zona do euro, o que é animador", afirmou o comissário europeu do Emprego, László Andor. "No entanto, muitos dos novos empregos são precários, e estamos longe de garantir que cada pessoa tenha uma verdadeira oportunidade no mercado de trabalho", acrescentou.
De acordo com os dados divulgados, 18,75 milhões de pessoas estavam sem trabalho em abril nos 18 países que constituem a zona do euro, ou 76 mil a menos do que em março deste ano e 487 mil a menos do que em abril do ano anterior.
Entre os países, os com menores taxas registradas são a Áustria, com 5,9%, e a Alemanha, com 5,2%. Grécia e a Espanha lideram o ranking de desemprego na região, com taxas de 26,5% e 25,1%.
Na comparação com abril de 2013, Portugal e Irlanda também reduziram o índice de 17,3% para 14,6% e de 13,7% para 11,9%, respectivamente.
BWS/afp/dpa