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Intelectuais lançam carta de apoio a Merkel

Chase Winter (ca)20 de fevereiro de 2016

Personalidades da literatura e da arte escrevem carta aberta de apoio à política de refugiados da chanceler federal da Alemanha. "Nós podemos fazê-lo", frase usada com frequência por Merkel, intitula documento.

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Foto: Reuters/F. Lenoir

Mais de 70 personalidades do mundo da arte, cultura, política e da sociedade civil assinaram uma carta aberta de meia página, publicada neste sábado (20/02) pelo jornal alemão Die Welt, dando apoio à chefe de governo alemã, Angela Merkel, por sua postura firme sobre a questão dos refugiados – enquanto Merkel sofre críticas dentro da Alemanha e a crise migratória ameaça a unidade europeia.

Entre os signatários da carta estão a Prêmio Nobel de Literatura Herta Müller, o maestro e pianista Daniel Barenboim, a sobrevivente do Holocausto Margot Friedlander, o ator Edgar Selge, o produtor Nico Hofmann e o diretor Jürgen Flimm.

"Você transformou o nosso país. As pessoas já não temem mais a Alemanha; pelo contrário: elas querem vir para cá. Após os horrores e os crimes que surgiram da Alemanha, esta é uma experiência nova e maravilhosa para nós", escreveram os signatários.

"Desejamos-lhes força e sucesso para as próximas negociações", afirmou o grupo de artistas e intelectuais em alusão aos duros debates na União Europeia (UE) sobre a crise de refugiados. "Europa, esta nova Alemanha e os refugiados precisam de você."

Alemanha vai introduzir leis mais duras de asilo

Merkel tem insistido numa abordagem múltipla sobre a crise migratória, defendendo fronteiras abertas e uma solução europeia, ao mesmo tempo, a chefe de governo tenta combater as causas da fuga de migrantes da Síria.

Enquanto ganha elogios de diferentes lados, a chanceler federal da Alemanha vê seu apoio diminuir entre a população do país e mesmo dentro de seu próprio partido. Em resposta, o governo está agindo com rapidez para reformar e simplificar a política de asilo.

A crise migratória foi um teste para a visão alemã de uma Europa unida, aberta e mais forte, enquanto os Estados-membros do bloco brigam sobre como lidar com a questão dos refugiados e introduzem controles de fronteira em reação ao fluxo de migrantes.