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Japão condena morte de refém pelo "Estado Islâmico"

25 de janeiro de 2015

Primeiro-ministro Shinzo Abe diz que ato é "ultrajante e inadmissível". Em mensagem, segundo refém japonês pede a libertação de uma terrorista na Jordânia em troca de sua própria liberdade.

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Japans Premierminister Shinzo Abe äußert sich zu den Entführten von ISIS
Foto: Reuters/Kyodo

O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, afirmou neste domingo (25/01) que o assassinato do japonês Haruna Yukawa pelos jihadistas do "Estado Islâmico" é "ultrajante" e reiterou o apelo feito um dia antes para a libertação imediata do segundo refém dos radicais, do jornalista japonês Kenji Goto.

Em entrevista à emissora NHK neste domingo, o premiê japonês afirmou que são grandes as chances de o vídeo divulgado na internet um dia antes ser autêntico. O vídeo mostra a imagem de Goto usando uma camiseta laranja e segurando uma foto do que seria o corpo decapitado de Yukawa, além de um áudio, no qual uma voz identificada como a do refém afirma, em inglês, que o compatriota estaria morto.

O refém diz ainda que os jihadistas só irão libertá-lo em troca da liberação da militante radical iraquiana Sajida Rishwai, ligada ao Al-Qaeda. Detida na Jordânia, ela iria atuar como uma mulher-bomba em um atentando em 2005, quando foi descoberta.

"Tal ato de terrorismo é ultrajante e inadmissível, um motivo de grande indignação", afirmou Abe. "Novamente, exijo firmemente que Kenji Goto não seja ferido e seja libertado imediatamente", declarou.

A morte do refém japonês também foi condenada por líderes de outros países. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, condenou duramente o que chamou de "assassinato brutal" de Yukawa. O presidente francês, François Hollande, afirmou tratar-se de uma "morte bárbara" e o primeiro-ministro da Austrália, Tony Abbot, disse que o caso é uma "absoluta atrocidade".

Resgate de 200 milhões de dólares

No início da semana, os jihadistas haviam dado um prazo de 72 horas, que expirou na sexta-feira passada, para que o governo japonês pagasse um resgate de 200 milhões de dólares pela libertação dos reféns. Tóquio descartou o pagamento do resgate.

Ainda no sábado, após um encontro emergencial marcado com os ministros japoneses da Defesa e do Exterior, Abe disse a repórteres que Tóquio não vai se curvar diante do terrorismo. "Estamos fazendo uso de todos os canais diplomáticos possíveis, de todos os meios, para obter a libertação dele."

Haruna Yukawa foi sequestrado por radicais islâmicos em agosto passado na Síria, para onde teria viajado com o intuito de, segundo ele, abrir uma empresa de segurança. Experiente repórter de guerra, Kenji Goto teria ido à Síria para garantir a libertação de Yukawa, segundo amigos.

MSB/rtr/dpa