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Justiça decreta prisão de Eike Batista

26 de janeiro de 2017

Empresário está no exterior e não é encontrado pelos agentes federais. Operação mira grupos de pessoas acusadas de lavagem de dinheiro no valor de 100 milhões de dólares.

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Eike Batista
Foto: Getty Images

A Justiça decretou nesta quinta-feira (26/01) a prisão preventiva do empresário Eike Batista, e a Polícia Federal fez uma operação de busca e apreensão em sua residência e escritórios, no Rio de Janeiro. Como Eike está em viagem ao exterior, os agentes federais não encontraram o empresário em sua casa, e ele passou a ser considerado foragido da Justiça. Os advogados de Eike disseram que ele vai se apresentar à Polícia Federal assim que retornar ao Brasil.

As buscas fazem parte da Operação Eficiência, segunda fase da Operação Lava Jato no Rio. A Polícia Federal e o Ministério Público Federal, com o apoio da Receita Federal, cumpriram nove mandados de prisão preventiva, quatro de condução coercitiva e 22 de busca a apreensão contra acusados de lavagem de dinheiro no valor de cerca de 100 milhões de dólares (cerca de 317 milhões de reais).

Na primeira fase, chamada de Operação Calicute, foi preso o ex-governador Sérgio Cabral, em novembro, acusado de receber mais de 200 milhões de reais num esquema de corrupção. Nesta quinta-feira, as autoridades também fizeram buscas nas casas de outras pessoas, todas relacionadas com o ex-governador. Entre elas estão Susana Cabral, ex-mulher de Cabral e prima do presidente do PSDB, Aécio Neves, e o irmão do ex-governador Maurício Cabral.

Batista chegou a ser considerado o oitavo homem mais rico do mundo em 2010 pela revista Forbes, que na época calculou sua fortuna em cerca de 30 bilhões de dólares. Nos últimos anos, no entanto, as empresas dele enfrentaram sérios problemas financeiros, em parte devido a uma série de arriscadas operações de mercado que acabaram por levar o empresário à falência. No ano passado, Eike se apresentou voluntariamente à Justiça para colaborar com as investigações da Lava Jato.

Em sua declaração, confessou ter colaborado com algumas campanhas eleitorais por meio de doações não declaradas e que correspondiam a propinas estipuladas para vencer licitações de contratos com empresas públicas.

PV/efe/abr/ots