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Justiça espanhola liberta cinco deputados catalães

10 de novembro de 2017

Presidente de parlamento dissolvido, Carme Forcadell, permanece na prisão até pagar a fiança estipulada em 150 mil euros. Grupo é acusado de rebelião após votar pela independência da Catalunha.

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Carme Forcadell
Carme Forcadell fica presa até pagar fiançaFoto: picture-alliance/AA/J. C. Rojas

Um tribunal espanhol mandou libertar nesta quinta-feira (09/11) cinco integrantes do parlamento catalão dissolvido, entre eles a presidente da Casa, Carme Forcadell. Eles poderão acompanhar em liberdade a investigação sobre o envolvimento na tentativa de independência da Catalunha. Forcadell, no entanto, permanecerá presa até pagar a fiança. Os parlamentares são acusados de rebelião.

A decisão de libertá-los contrariou o pedido de prisão provisória feito pela Procuradoria Geral da Espanha. O juiz determinou ainda que os quatro deputados regionais paguem uma fiança de 25 mil euros no prazo de uma semana. Para Forcadell, o valor estipulado foi de 150 mil euros.

A presidente do parlamento dissolvido não conseguiu reunir esse valor e, por isso, foi transferida para um centro penitenciário em Madri. A expectativa é que Forcadell reúna o dinheiro necessário nesta sexta-feira, podendo assim sair da prisão.

O Parlamento regional Catalão anunciou que pagará com seu "caixa de solidariedade" o valor da fiança estabelecida para a presidente e para os quatro deputados, que eram membros da mesa diretora.

Apesar de definir a fiança, o juiz determinou que Forcadell compareça semanalmente a um tribunal enquanto estiver em liberdade. Além disso, ela está proibida de sair da Espanha.

Outro parlamentar acusado provou nesta quinta-feira perante o tribunal ter votado contra a independência e ficou livre do processo.

Em 27 de outubro, o Parlamento regional da Catalunha aprovou, em Barcelona, a independência da região e a separação da Espanha numa votação secreta sem a presença dos principais partidos que se opõem à proposta, que abandonaram a sala minutos antes.

Em reação, Madri assumiu o controle dos poderes autônomos da Catalunha. A medida possibilitou a destituição do governo regional, a restrição dos poderes do Parlamento catalão e convocação de eleições para dezembro.

A Procuradoria Geral da Espanha iniciou um processo contra os envolvidos na declaração de independência, por rebelião e sedição, e pediu a prisão de alguns integrantes do governo dissolvido e parlamentares.

CN/efe/rtr/ap

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