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Kaiser reclama da Fifa e "aceita" exclusão

(gf)25 de abril de 2006

Ex-jogador não concorda com os métodos organizacionais da entidade e prevê formato engessado em Copas futuras. Presidente do CO não deve fazer pronunciamento na abertura do Mundial.

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Beckenbauer: na broncaFoto: AP

Franz Beckenbauer resolveu deixar de lado a postura diplomática que marca o seu trabalho à frente do Comitê Organizador (CO) da Copa para apimentar as diferenças que têm com Joseph Blatter, presidente da Fifa.

Aceitou com resiganção a sua provável exclusão do palanque de discursos que abrirão o Mundial, no dia 9 de junho, antecedendo o confronto entre a Alemanha e a Costa Rica. E criticou, com veemência, o modelo organizacional da entidade.

"Isso é um ataque que me deixa irritado e a organização da Copa ainda terá que trocar uma palavrinha a respeito disso", disse o "Kaiser". "Foram gastos dez milhões de euros para que algo não aconteça, isto é obsceno", emendou.

A irritação de Beckenbauer tem outro motivo além da provável exclusão de seu discurso. É o fato de não concordar com Blatter a respeito de diversos assuntos, principalmente no que se refere à venda de ingressos para a Copa.

Por conta do modelo imposto pela Fifa, que não dá abertura nenhuma para o país anfitrião comercializar bilhetes, por exemplo, já se diz na Alemanha que a briga entre os dois pode estourar nesta reta final de preparação do evento.

De um lado existe o controle excessivo dos dados por parte dos organizadores alemães, o que vai de encontro ao que deseja a entidade. Do outro, a Fifa é acusada de censura na comercialização.

"Somos os últimos organizadores que poderão, de uma certa forma, decidir alguma coisa livremente", afirmou. Beckenbauer acredita que a partir de 2010, ano em que a Copa será disputada na África do Sul, a Fifa montará o seu "circo" no país-sede e ditará as regras.