Kim convida presidente sul-coreano para reunião em Pyongyang
10 de fevereiro de 2018A irmã do ditador norte-coreano Kim Jong-un entregou neste sábado (10/02) uma carta pessoal ao presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-In, com um convite para uma cúpula em Pyongyang, a capital do país comunista. A oferta ocorre em meio à tensão causada pelos testes de mísseis do Norte.
A informação foi divulgada pela agência de notícias Yonhap, da Coreia do Sul. A transmissão do convite pela Coreia do Norte ocorreu durante a visita de Kim Yo-jong, a irmã do ditador, ao país vizinho, que está sediando os Jogos Olímpicos de Inverno.
Ela fez o convite durante um almoço entre representantes dos dois países rivais no palácio presidencial de Seul. Além da irmã do ditador, o sul-coreano Moon encontrou-se com Kim Yong Nam, o chefe de Estado nominal do Norte (um cargo puramente cerimonial, já que o poder está nas mãos de Kim Jong -un).
Carta pessoal
Kim Yo-jong chegou ao almoço carregando uma pasta azul adornada com um selo. Mais tarde foi confirmado que ela continha uma mensagem privada do próprio Kim Jong-un.
"A enviada especial Kim Yo-jong entregou uma carta pessoal" de seu irmão afirmando seu "desejo de melhorar as relações intercoreanas", disse o porta-voz do governo sul-coreano, Kim Eui-kyeom.
Em resposta, Moon sugeriu que as duas Coreias "façam acontecer" e criar as condições necessárias para que o convite seja aceito, disse o porta-voz.
Se o encontro ocorrer, será o terceiro desse tipo. Conversas pessoais anteriores entre líderes dos dois países vizinhos também ocorreram em 2000 e 2007.
Tensão
Já haviam surgido especulações sobre a possibilidade de Pyongyang convidar Moon para visitar o país vizinho no final deste ano. Recentemente, a Coreia do Norte recebeu permissão para enviar atletas para as Olimpíadas de Inverno em Pyeongchang, um sinal raro de relações mais cordiais entre os países da península coreana.
Essa aproximação ocorre paralelamente ao aumento da tensão na região, particularmente depois que Pyongyang começou a testar no ano passado foguetes capazes de chegar ao continente americano e detonou mais um dispositivo nuclear.
Como resultado das repetidas violações das restrições internacionais ao seu programa nuclear e balístico, a Coreia do Norte tem sido submetida a uma série de sanções das Nações Unidas. Kim Jong-un e o presidente dos EUA, Donald Trump também vêm trocando insultos pessoais e ameaças de guerra.
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JPS/rt/dpa