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Quem é a misteriosa irmã do ditador norte-coreano?

8 de outubro de 2017

Caçula de Kim Jong-un assumiu posição no Politburo do país. Com 30 anos, ela é uma confidente do irmão e responsável por cuidar da sua imagem pública

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Nordkorea Kim Yo Jong
Foto: picture alliance/dpa/Jiji Press

Em um discurso ao Comitê Central do Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte no sábado (08/10), o ditador Kim Jong-un soltou mais uma de suas rotineiras ameaças aos EUA e anunciou mudanças na estrutura de comando do país.

Também deixou mais uma vez deixou claro que a família Kim é quem manda na Coreia do Norte.

O ditador determinou que sua irmã caçula, Kim Yo-jong, de 30 anos, vai substituir Kim Kyong Hee, tia de ambos, como membro permanente do Politburo. 

"Isso mostra que o portfólio e status de Yo-jong é muito mais substanticial do que se acreditava anteriormente e é uma consolidação adicional do poder da família Kim", disse Michael Madden, especialista em Coréia do Norte na Universidade John Hopkins.

Kyong Hee foi uma figura influente do governo do pai de Jong-un, Kim Jong-il (1941-2011). A família Kim comanda a Coreia do Norte desde 1948.

Confidente 

Pouco se sabe sobre a irmã do atual ditador. Recentemente ela foi incluída em uma lista de figuras do regime alvo de sanções internacionais por suspeita de ter cometido "graves abusos contra os direitos humanos".

Ela é vista frequentemente com o irmão e já foi apontada como detentora da posição de vice-diretora do departamento de propaganda do país e responsável por cuidar da imagem pública do ditador.

Em uma entrevista para a DW em 2014, Madden apontou que Kim Yo-jong era uma das "confidentes mais próximas" do ditador norte-coreano, mas dada a natureza patriarcal da cultura política da Coréia do Norte, ela não nunca foi considerada como potencial sucessora ." 

Nordkorea Kim Jong Un und seine Schwester Kim Yo Jong
Kim Yo-jong ao lado do irmão em 2016.Foto: picture-alliance/Kyodo

Em 2014, Kim-Jong-un sumiu dos holofotes por semanas, supostamente por causa de problemas de saúde, e a imprensa ocidental especulou se Yo-jong poderia assumir o governo. No período, ela teria assumido algumas das funções do ditador.

"Como uma das assessoras próximas de seu irmão, ela empreendeu tarefas administrativas adicionais – recebendo relatórios, informando Jong-un, encaminhando suas instruções, convocando altos funcionários", disse Madden.

Ainda segundo Madden,  Kim Yo-jong é a mais jovem dos sete filhos de Kim Jong Il. 

A mãe, Ko Yong-hui, era membro de uma troupe de músicos norte-coreanos.  Ela foi vista pela primeira em público vez ao lado do secretária pessoal de seu pai e suposta amante, Kim Ok, durante a terceira conferência do Partido dos Trabalhadores em setembro de 2010.

"Kim Yo-kong recebeu educação privada em casa e junto com Kim Jong-un frequentou duas escolas perto de Berna, na Suíça, durante a década de 1990 e início dos anos 2000. Ela mais tarde frequentou a universidade na Coréia do Norte e fez cursos na Europa Ocidental pouco depois", disse Madden.

Yo-kong não foi a única que assumiu uma posição no Politburo. No sábado, o ditador também  promoveu Ri Yong Ho, o ministro das Relações Exteriores da Coréia do Norte que chamou o presidente Donald Trump de "doente mental” em um discurso na Assembleia Geral da ONU no mês passado.

JPS/rt/