Lady Di no cinema
O mito de Lady Di é dissecado em um polêmico filme, dirigido pelo alemão Oliver Hirschbiegel.
Tapete vermelho para Diana
É fácil imaginar a verdadeira Lady Di no tapete vermelho em Londres. No início de setembro, uma enxurrada de flashes e um desfile de celebridades invadiram a capital britânica para a estreia mundial de "Diana", filme que mostra os últimos dois anos de vida da princesa, morta em 1997. O grande destaque do filme é a atriz Naomi Watts no papel principal.
Entre a ficção e a realidade
O filme é centrado nos dois últimos anos de vida de Diana e em seu suposto relacionamento com o cirurgião cardíaco londrino Hasnat Khan (interpretado por Naveen Andrews). No entanto, o médico, de origem paquistanesa, revelou muito pouco sobre o assunto. Além disso, ele nunca conversou com a jornalista Kate Snell, autora do livro "Diana – seu último amor", no qual o filme foi baseado.
Pouca semelhança
A escolha de Naomi Watts para o papel principal foi controversa, já que há pouca semelhança entre a atriz e Diana. A caracterização contou com uma "mãozinha" da arte da maquiagem. No entanto, depois da estreia, a atuação de Watts foi muito elogiada. O esforço da atriz de 44 anos para representar bem a princesa é visível em todas as cenas, escreveu um jornal alemão.
Papel público
O filme passa ao largo da imensa popularidade de Diana. O engajamento humanitário da princesa é mostrado, mas sempre na sombra de seu suposto romance. Hirschbiegel disse que era isso mesmo que ele queria. "Mesmo se esquecermos o nome dos dois personagens, ainda teremos uma linda história de amor", declarou o cineasta antes da estreia em Londres.
Interesse popular
O filme pode ser visto como mais um capítulo na interminável história de amor e morte da princesa. O interesse da imprensa marrom pela monarquia britânica já era grande durante a vida de Diana e se multiplicou depois da morte dela num acidente de carro, em 1997. A indústria cinematográfica usa conscientemente esse interesse para promover o filme e faturar com ele.
Tudo fofoca
No meio disso tudo, tanto faz se a história que o filme conta é verdadeira. Numa recente entrevista a um jornal britânico, o médico paquistanês Hasnat Khan criticou o livro que serviu de base para o filme, dizendo que ele era baseado em fofocas dos amigos de Diana. Ele disse que não vai assistir ao filme. Nada disso vai prejudicar a bilheteria. "Diana" tem tudo para ser um grande sucesso.
Um diretor alemão
O diretor Hirschbiegel disse ver vantagens no fato de não ser britânico. "Como alemão, eu não faço realmente parte do que aconteceu no país", ponderou. Ele disse que assim pôde fazer um filme que fosse o mais autêntico, honesto e verdadeiro possível. Hirschbiegel se tornou conhecido por dirigir "A queda", indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro e que retrata as últimas horas de Hitler.
Devoção sem limites
O filme não deverá alterar em nada a grande popularidade da falecida princesa em todo o mundo. Isso ficou claro na estreia mundial em Londres, onde muitos fãs se reuniram para prestar homenagem a Lady Di. O filme dirigido por Oliver Hirschbiegel tem previsão de estrear no Brasil em 25 de outubro.