Londres pode ter primeiro prefeito muçulmano
6 de maio de 2016Cerca de 45 milhões de britânicos foram às urnas nesta quinta-feira (05/05) para votar nas eleições regionais no Reino Unido. Enquanto prosseguem as apurações, espera-se que o Partido Trabalhista sofra fortes revezes em todo o país, apesar de um provável êxito na capital britânica.
Em Londres, as pesquisas de opinião apontam o candidato trabalhista Sadiq Khan como favorito para substituir o prefeito conservador Boris Johnson. Se confirmada a vitória, ele será o primeiro muçulmano a administrar a capital. Os levantamentos indicam que Kahn estaria à frente do candidato conservador Zac Goldsmith, com mais de 40% da preferência do eleitorado londrino. Os resultados devem ser divulgados ainda nesta sexta-feira.
Goldsmith descreveu Khan como "perigoso", acusando-o de apoiar e até acobertar extremistas islâmicos. O trabalhista também foi alvo de ataques por parte do primeiro-ministro britânico, David Cameron, que afirmou durante sessão do Parlamento nesta quarta-feira que o candidato divide sua plataforma eleitoral com "extremistas e antissemitas".
As eleições na Inglaterra e no País de Gales são consideradas testes para trabalhistas e conservadores. Para os primeiros, a vitória de Khan poderá trazer algum alento, enquanto se espera que o partido sofra perdas significativas em grande parte do país.
Na Escócia, O Partido Trabalhista, que era a segunda forçam política no país desde 2007, acabou sendo relegado ao terceiro lugar, em razão do ressurgimento do Partido Conservador.
O Partido Nacional Escocês (SNP), pró-independência, assegurou nesta sexta-feira um novo mandato no governo, após conquistar a terceira vitória consecutiva nas eleições parlamentares. A legenda, porém, não conseguiu obter a maioria no Parlamento, tendo obtido 63 dos 129 assentos.
Apenas 20 meses após a derrota no referendo pela independência escocesa, o SNP vive um aumento de sua popularidade, provocando especulações sobre a possibilidade de uma nova consulta popular sobre a separação do país do Reino Unido.
RC/ap/afp/dpa