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Opel

30 de maio de 2009

Por trás da fabricante de autopeças Magna, está o nome de seu fundador, Frank Stronach, que pretende através da Opel expandir seus negócios para o Leste Europeu, principalmente para o promissor mercado russo.

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Participação de capital russo na Opel será de 35%Foto: picture-alliance/ dpa

Após longa rodada de negociações entre a General Motors e os governos alemão e norte-americano, a fabricante de autopeças austro-canadense Magna deverá assumir o controle de todas as atividades europeias da GM junto com a subsidiária Opel.

A empresa com sede na cidade canadense de Aurora desenvolve e produz peças para quase todos os renomados fabricantes de automóveis e se autodenomina como a mais diversificada fornecedora de autopeças do mundo.

A Magna, no entanto, não deverá entrar sozinha como investidora na Opel. O banco russo Sber-Bank será seu sócio no negócio e o fabricante de automóveis russo GAZ está previsto como parceiro na cooperação.

Fundador da Magna

Magna
Frank Stronach começou com 40 dólares no bolsoFoto: AP

Por trás do nome Magna está o seu fundador, Frank Stronach, Filho de um comunista, o empresário de origem austríaca, hoje com 76 anos, emigrou para o Canadá em 1954 com apenas 40 dólares no bolso. Três anos mais tarde, Stronach fundou a Multimatic, empresa de instrumentos que também fabricava autopeças.

No final dos anos de 1950, Stronach e seu sócio receberam a primeira encomenda da General Motors. Dez anos mais tarde, a Multimatic aliou-se à Magna Electronics, formando a Magna International.

A empresa fundada por Stronach é hoje a maior fabricante de autopeças do Canadá e a terceira maior do mundo, com mais de 300 unidades de produção e desenvolvimento e também escritórios de venda. Segundo dados da própria empresa, ela emprega 82 mil funcionários e teve, em 2008, um faturamento de 16,7 bilhões de euros. Com a incorporação da Opel, a fornecedora de autopeças se torna também montadora.

De olho no Leste

Logos Magna und Opel
Fabricante de autopeças se torna também montadora

Pouco antes de receber a notícia do acordo que confirmou a incorporação da montadora alemã pela Magna, o empresário declarou em Berlim: "Vemos um grande futuro para a Opel". Stronach salientou ainda seu conhecimento sobre a situação da montadora: "Temos na Alemanha 16 mil funcionários".

Além da parcela de quase 20% que a Magna terá de participação na Opel, o banco russo Sber-Bank deverá assumir 35% da montadora. Ambos garantem assim a maioria na tradicional marca alemã. Outros 35% ficarão com a General Motors e 10% irão para os funcionários da Opel.

Com a incorporação da Opel, a Magna garante sua expansão para o Leste Europeu, principalmente para a Rússia. No ano passado, Stronach tentou entrar no mercado russo através de um acordo com o oligarca Oleg Deripaska, cuja holding controla, entre outros, a montadora GAZ. As negociações, no entanto, não foram adiante.

Mercado promissor

O interesse de Stronach na Rússia pode ser explicado pelo fato de que o mercado de automóveis do país, na opinião de especialistas, é considerado um dos mais promissores do mundo. Juntamente com a montadora GAZ, o consórcio proprietário da Opel pretende vender mais de um milhão de automóveis para a Rússia e o Leste Europeu.

As quatro unidades da montadora na Alemanha – Rüsselheim, Bochum, Kaiserslautern e Eisenach – deverão ser mantidas, mesmo que com 2.500 a 2.600 funcionários a menos.

CA/ap/reuters

Revisão: Soraia Vilela