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Refugiados

20 de junho de 2009

Segundo estimativas das Nações Unidas, existem no mundo 42 milhões de refugiados vítimas de perseguição e da miséria. Mais da metade são crianças. Dia Mundial dos Refugiados chama atenção para o problema.

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Cruz Vermelha distribui pão a refugiados albaneses no KosovoFoto: ullstein bild - Reuters

No dia 20 de junho comemora-se o Dia Mundial dos Refugiados, que foi instituído em 2001 pela Organização das Nações Unidas (ONU) para lembrar os milhões de pessoas em fuga em todo o mundo.

Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), quase dois terços dos 42 milhões de refugiados são compostos pelos chamados deslocados internos, ou seja, pessoas em fuga dentro de seu próprio país. Os demais – cerca de 10,5 milhões de pessoas – tiveram que pedir asilo em outros países.

No Afeganistão, Paquistão, Iraque, Sudão, Chade e na República Democrática do Congo vive a maioria desses refugiados, informou o relatório do Acnur relativo a 2008, divulgado nesta semana. O relatório informou ainda que crianças compõem mais da metade dos refugiados ou deslocados internos.

Deslocados internos na Colômbia

O total de refugiados diminuiu em cerca de 700 mil em relação ao ano anterior, mas o documento da ONU engloba somente os números de 2008. Desde então, aconteceram novos movimentos de fuga em massa, principalmente no Paquistão, no Sri Lanka e na Somália, informou o alto comissário das Nações Unidas para os Refugiados, o político português António Guterres.

Guterres disse que 80% dos refugiados vivem em países em desenvolvimento. A maioria dos exilados permanece longe da pátria por um longo período de tempo, sem perspectiva de volta. Quase 6 milhões de pessoas vivem há cinco anos ou mais no exílio, o que na maioria das vezes acarreta uma sobrecarga também para os países receptores, explicou.

"Na República dos Camarões, por exemplo, a taxa de mortalidade de filhos de refugiados da África Central é sete vezes maior que a média do país. E menos de um terço das meninas vai para a escola", acresceu o alto comissário.

Quanto aos deslocados internos, a situação é mais dramática principalmente na Colômbia, onde se estima que 3 milhões de pessoas estejam em fuga, em seu próprio país, e na região de Darfur, no Sudão, com 2 milhões de deslocados internos.

"Tolerados" ou ilegais

Segundo a Acnur, os afegãos, seguidos dos iraquianos, compõem o maior número de refugiados. Eles somam 45% do total atendido pela Acnur.

Os principais países receptores são o Paquistão, com 1,8 milhão de refugiados, a Síria, com 1,1 milhão, e o Irã, com cerca de 1 milhão. A Alemanha, quarto país da lista, abrigava no ano passado mais de meio milhão de refugiados.

No entanto, quem procura asilo na Alemanha tem poucas chances de ser bem-sucedido. Anualmente, somente 1% dos refugiados consegue visto permanente. Os demais vivem no país com um visto de estrangeiros "tolerados" ou de forma ilegal.

CA/dpa/dw

Revisão: Alexandre Schossler