Fora do Afeganistão
18 de março de 2007Uma clara maioria da população da Alemanha desejaria que os soldados alemães engajados em operações de reconstrução no Afeganistão voltasse para casa. A enquete neste sentido, divulgada neste sábado (17/03) foi realizada pelo instituto TNS, sob encomenda do semanário Der Spiegel.
Dentre os entrevistados, 57% são pela retirada total da Alemanha, 36% defendem a permanência das tropas. Apenas 4% querem um aumento da presença militar germânica no Afeganistão.
O atual mandato veda o apoio alemão às operações de combate da Força Internacional de Ajuda à Segurança (Isaf). Esta enfrenta – sob comando da Organização do Tratado do Atlântico Norte – a milícia talibã e a Al Qaeda nas províncias do sul afegão.
Pressão da Otan
Os parceiros da Alemanha na Otan têm se pronunciado com insistência por uma ampliação do mandato da Bundeswehr (Forças Armadas alemãs).
Em 9 de março de 2007, o parlamento alemão aprovou por grande maioria a mobilização de jatos Tornado, apesar da oposição da ala de esquerda da coalizão de governo.
Quase três mil alemães servem na força da Otan, composta por um total de 35 mil soldados. Sua atuação se concentra no relativamente pacífico norte do Afeganistão, como parte das equipes mistas – civis e militares – para a reconstrução provisória.
Atualmente em visita à Alemanha, o presidente afegão, Hamid Karzai, agradeceu a Berlim pela ajuda da Bundeswehr. Entretanto, ele evitou apelar para que se mobilizem tropas alemãs para a região de crise, no sul do país. (av)
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