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Massa de turistas deixa Tunísia após atentado

28 de junho de 2015

Pelo menos três mil estrangeiros de férias no país retornam aos seus países de origem, assustados com ataque extremista numa praia em Port El Kantoui. Governo anuncia fechamento de 80 mesquitas que incitam violência.

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Touristen verlassen Tunesien
Foto: picture-alliance/abaca

Milhares de turistas estrangeiros deixaram a Tunísia neste sábado (27/06), um dia depois de um estudante armado com uma metralhadora Kalashnikov abrir fogo contra banhistas numa praia em Port El Kantoui, nas proximidades de Sousse, leste do país, deixando pelo menos 39 mortos. A maioria das vítimas era britânica.

Segundo o comissário de Turismo de Sousse, pelo menos 3 mil turistas – aproximadamente 2,2 mil britânicos e 600 belgas – deixaram a cidade no sábado. De acordo com a Associação britânica das Agências de Viagens (ABTA), pelo menos 20 mil ingleses estavam de férias na Tunísia no dia do ataque.

Empresas de turismo disponibilizaram aviões extras. Ainda assim, dezenas de turistas assustados com a violência tiveram que aguardar no aeroporto para conseguir um voo que os levassem de volta para casa. Pacotes turísticos de várias empresas para o país no Norte da África foram cancelados.

A polícia britânica Scotland Yard enviou agentes ao país a fim de ajudar as autoridades locais e também para conduzir um inquérito próprio, segundo um porta-voz.

O atirador andava pela praia vestido como banhista e com um guarda-sol, dentro do qual estava uma metralhadora. Ele abriu fogo contra turistas na praia do RIU Imperial Marhaba Hotel.

O ataque é um novo golpe contra o setor do turismo, vital para o país, apenas três meses depois um atentado contra o Museu do Bardo, em Túnis. Na ocasião, 22 pessoas morreram. Os dois atentados foram reivindicados pelo "Estado Islâmico" (EI).

Na sexta-feira, o primeiro-ministro da Tunísia, Habib Essid, afirmou que o governo vai fechar cerca de 80 mesquitas que permanecem fora do controle do Estado e que incitam a violência. Em declarações à imprensa, Essid admitiu ainda que o governo do país também pretende acabar com o financiamento de algumas associações, a fim de evitar um outro ataque.

A chacina no popular resort mediterrâneo aconteceu no mesmo dia em que um homem-bomba matou 25 fiéis e deixou mais de 270 feridos numa mesquita xiita no Kuwait e um homem atacou uma fábrica na França, matando e decapitando uma pessoa.

MSB/lusa/efe/rtr/ap