Mercado de microeletrônica volta a crescer
20 de abril de 2002Em 2004, o faturamento total das empresas do setor deverá atingir U$ 241 bilhões, superando inclusive o recorde de U$ 204 bilhões registrado em 2000. Apesar das dificuldades dos últimos anos, três firmas européias conseguiram manter-se entre as dez líderes mundiais do mercado de chips: a Infineon Technologies, ST Microelectronics e a Philips. Com uma fatia de 22% do mercado mundial, a Europa também conseguiu defender a quarta posição conquistada em 1990, sendo superada pelos EUA (26%), Japão (24%) e região da Ásia/Pacífico (28%).
Recuperação - Os números divulgados pela VDE indicam uma reviravolta positiva, depois da maior recessão da história da indústria de semicondutores, marcada pela queda de 32% em 2001.
Apesar dos números negativos de alguns fabricantes (Intel -18%, NEC -49%, Infineon -22%), os analistas reafirmam que o setor de semicondutores tem um enorme potencial de crescimento. Com um crescimento anual médio em torno de 14% nos últimos dez anos, a microeletrônica sempre esteve à frente das indústrias farmacêutica (10%), eletrotécnica (9%) e química (4%).
Celulares - Segundo a VDE, as vendas de memórias DRAMs devem crescer 23% em 2002 em relação ao ano anterior. O mercado de computadores deve estabilizar-se em torno de 35 milhões de unidades vendidas no ano. No setor de telefonia celular, fabricantes como a Nokia prevêem um crescimento de 10% a 15% em 2002, o que representa a venda mundial de 420 a 440 milhões de celulares.
Os principais impulsos para o mercado de microeletrônica devem partir das tecnologias de informação e telecomunicação, segundo a VDE. A transformação do celular num equipamento de multimídia aumenta a demanda de superchips. A tecnologia dos semicondutores, no entanto, ainda continua sendo amplamente aplicada nas indústrias mecânica e automobilística, na medicina, aviação e pesquisa aeroespacial - áreas em que a Alemanha e a Europa dispõem de tecnologias de ponta.