1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Merkel: fluxo de refugiados e pandemia como maiores desafios

7 de novembro de 2021

[Vídeo] Após 16 anos no poder, Angela Merkel está prestes a deixar o cargo de chanceler federal da Alemanha. Em entrevista à DW, ela faz um balanço de seu legado politico e diz que o fluxo de refugiados e a pandemia foram seus maiores desafios.

https://p.dw.com/p/42hUT

Em entrevista à DW, Angela Merkel fez um balanço dos seus 16 anos como chanceler federal da Alemanha e falou sobre alguns dos seus momentos mais difíceis. Ela afirmou que os dois eventos que mais a desafiaram durante seu mandato foram o grande número de refugiados que chegava à Alemanha, que ela disse não gostar de chamar de "crise", e, ainda, a pandemia de coronavírus.

"Estes são talvez os eventos em que simplesmente vimos como as pessoas são diretamente afetadas e que temos que lidar com os destinos humanos. Então, para mim, esses foram os maiores desafios", frisou.

Merkel foi considerada a "chanceler federal do clima" durante seu primeiro mandato, mas críticos dizem que ela fez muito pouco para reverter a crise global.

"Em sempre fiz algo [contra as mudanças climáticas]. Tenho apenas que reconhecer que as avaliações científicas eram piores. E elas eram ainda piores em relação ao relatório anterior. E então eu digo aos jovens: vocês têm que fazer pressão e precisamos ser mais rápidos", afirmou a chanceler federal.

Agora, Merkel busca uma transição suave para seu provável sucessor, o atual ministro das Finanças, Olaf Scholz, que esteve com Merkel em todos os encontros do G20, em Roma.

"Foi um gesto importante ter Olaf Scholz em todas as reuniões bilaterais e poder assim dizer: 'Aqui está a pessoa com quem vocês provavelmente falarão na próxima vez, como chefe de governo da Alemanha'", contou Merkel.

"E pensei que isso é importante, porque muitos estão de olho na Alemanha e interessa às pessoas o que está acontecendo aqui. E se elas sentem que existe um bom contato entre a atual e o provável futuro chefe de governo, então isso é um sinal tranquilizador num mundo bastante turbulento. E achei isso certo", acrescentou.